2010-02-16 19:35:35

BENTO XVI: PARA SER TESTEMUNHA CRÍVEL, SACERDOTE DEVE VIVER EM AMIZADE COM CRISTO


Cidade do Vaticano, 16 fev (RV) - A amizade com Cristo é elemento fundamental de toda vocação ao sacerdócio: é o que escreve Bento XVI na mensagem para o 47º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que será celebrado no dia 25 de abril próximo, domingo do "Bom Pastor".

No documento, publicado nesta terça-feira, o pontífice se detém sobre o tema da edição deste ano: "O testemunho suscita vocações", e reitera que os sacerdotes são chamados a ser "sinal de contradição" no mundo de hoje.

"A fecundidade da proposta vocacional depende primariamente da ação gratuita de Deus", mas – observa o papa – "é favorecida também pela qualidade" daqueles que responderam ao chamado do Senhor.

Quando segue Jesus, "em plena fidelidade ao Evangelho", todo consagrado se torna "sinal de contradição" para o mundo, cuja lógica frequentemente é inspirada pelo materialismo, o egoísmo e o individualismo".

E ressalta que imitar Cristo, identificar-se com ele é "o ideal da vida consagrada, testemunho do primado absoluto de Deus na vida e na história dos homens". Um testemunho – constata – que pode "suscitar noutras pessoas o desejo de, por sua vez, corresponder com generosidade ao apelo de Cristo".

Em seguida, o papa evidencia na mensagem que "o elemento fundamental e comprovado de toda vocação ao sacerdócio e à vida consagrada é a amizade com Cristo".

De fato, se o sacerdote é o "homem de Deus", que a Ele pertence e ajuda a amá-Lo, "não pode deixar de permanecer no seu amor, reservando tempo para a escuta da sua Palavra".

Por isso – observa o papa – a oração é "o primeiro testemunho que suscita vocações". O segundo aspecto da consagração sacerdotal – lê-se na mensagem – é "o dom total de si mesmo a Deus".

Daí – acrescenta – "brota a capacidade para se dar depois àqueles que a Providência lhe confia no ministério pastoral, com dedicação plena, contínua e fiel" e "com a alegria de fazer-se companheiro de viagem de muitos irmãos, a fim de que se abram ao encontro com Cristo".

Terceiro aspecto: o sacerdote deve ser "homem de comunhão", aberto a todos, capaz de fazer caminhar unido todo o rebanho que a bondade do Senhor lhe confiou, ajudando "a superar divisões, sanar lacerações, aplanar contrastes e incompreensões, perdoar as ofensas."

Mais uma vez, no Ano Sacerdotal, Bento XVI observou que "os jovens se virem os sacerdotes isolados e tristes, com certeza não se sentirão encorajados a seguir o seu exemplo". Levados a considerar que tal possa ser o futuro de um padre, veem aumentar a sua hesitação.

Torna-se importante, pois – exorta o Santo Padre – "realizar a comunhão de vida, que lhes mostre a beleza de ser sacerdote."

De fato, quando os religiosos, os sacerdotes são fiéis à sua vocação, transmitem a alegria de servir Cristo, e convidam todos os cristãos a responderem à vocação universal à santidade – afirma o pontífice. (RL)







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