2010-02-10 12:33:36

DOM MARCHETTO: IGREJA NÃO PODE IGNORAR DIFÍCEIS CONDIÇÕES DE VIDA DOS PESCADORES


Cidade do Vaticano, 10 fev (RV) - "A Igreja não pode ignorar as difíceis condições em que vivem muitos pescadores e suas famílias. Por isso, é urgente pensar em novos modelos de pastoral direta com os pescadores" – frisou o secretário do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, Dom Agostino Marchetto, que hoje fará uma palestra para a Comissão Internacional do Apostolado do Mar, reunida no Vaticano.

"A capacidade da natureza foi forçada até o limite e não podemos mais continuar desta maneira. Os governos devem se sentir responsáveis em observar rigorosamente as leis a fim de proteger os oceanos, sobretudo, da pesca ilegal" – ressaltou Dom Marchetto numa entrevista à nossa emissora.

O arcebispo disse ainda, "que a pesca sempre foi uma das maiores fontes de sustento para a humanidade, mas o desenvolvimento tecnológico e a globalização causaram um profundo impacto nesse setor".

"Os pescadores no mundo são mais de 30 milhões e a metade deles trabalha nas peixarias muitas vezes em condições difíceis. Em vários países, a pesca é um trabalho perigoso. Milhares de pessoas que dependem desse setor para viver, enfrentam o problema da falta de recursos e da competição com as grandes industriais" – ressaltou Dom Marchetto.

O arcebispo frisou que das quinze maiores áreas de pesca no mundo, quatro já foram extintas e nove estão em fase de extinção.

O prelado ressaltou que a "Convenção sobre trabalho na Pesca" de 2007, é o mais importante documento internacional dos últimos 40 anos neste setor.

"O caminho rumo à ratificação da convenção procede com muita calma em relação ao trabalho marítimo. O Apostolado do Mar, sendo diretamente engajado com várias comunidades de pescadores e estando em contato com muitos governos, pode realizar neste momento uma função importante em vista da ratificação" – concluiu Dom Marchetto. (MJ)







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