2010-02-10 10:28:30

Comunicado da Secretaria de Estado nega envolvimento na demissão do director do jornal da Conferencia Episcopal Italiana e fala em campanha difamatória


(10/2/2010) A Santa Sé negou esta Terça-feira que o director do jornal do Vaticano esteja envolvido no caso que levou à demissão do jornal da Conferência Episcopal Italiana (“Avvenire”), Dino Boffo.
Em comunicado da Secretaria de Estado do Vaticano é referido que “desde 23 de Janeiro se estão a multiplicar, sobretudo na imprensa italiana, notícias e reconstruções que se referem aos eventos ligados à demissão do director do jornal católico ‘Avvenire’, com a evidente intenção de demonstrar uma implicação do director de ‘L'Osservatore Romano’, chegando a insinuar responsabilidade do Cardeal Secretário de Estado".
Recentemente, o jornal italiano “La Repubblica” afirmou que Vian, director do Osservatore Romano, e o Cardeal Tarcisio Bertone estariam por detrás das acusações que levaram à saída de Boffo do “Avvenire”.
“O Santo Padre Bento XVI, que sempre esteve informado [sobre o caso], deplora estes ataques injustos e injuriosos, renova plena confiança nos seus colaboradores e reza para que quem tem verdadeiramente no coração o bem da Igreja aja com todos os meios a fim de que se afirmem a verdade e a justiça", afirma a nota divulgada pela sala de imprensa da Santa Sé.
O comunicado assegura que estas informações "não têm qualquer fundamento", desmentindo que tenha partido do Vaticano o envio de "documentos que são a base da demissão".
A Santa Sé nega também que o director do jornal do Vaticano "tenha dado informações sobre estes documentos", tenha "escrito sob pseudónimo ou inspirado artigos noutros jornais".
De acordo com o comunicado assinado pela Secretaria de Estado, "parece claro" que as denúncias têm a intenção de atribuir a Vian "de modo gratuito e calunioso, uma acção desmotivada, irracional e malvada".
A Secretaria de Estado do Vaticano considera que a polémica sobre Boffo está a dar lugar a uma campanha difamatória contra a Santa Sé que envolve o próprio Papa.
A presidência da Conferência Episcopal Italiana condena igualmente a “campanha difamatória contra a Santa Sé”, desejando que esta intervenção “contribua para serenar o clima”.
 







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