SUL DA ÁFRICA: O PAPEL DA IGREJA NA ASSISTÊNCIA AOS DOENTES DE AIDS
Johanesburgo, 09 fev (RV) - Na África do Sul, o programa ‘Alívio à AIDS’ (AidsRelief),
foi oficialmente assumido pela Conferência Episcopal do Sul da África, que engloba
os bispos da África do Sul, Botsuana e Suazilândia.
“O evento premia o esforço
e os resultados da Igreja Católica na assistência à maior população do mundo contagiada
pelo vírus HIV” - comentou Ruth Stark, representante do CRS (Catholic Relief Services,
a Caritas dos EUA), em uma cerimônia em Johanesburgo.
‘AidsRelief’ fornece
cuidados e assistência a mais de 60 mil doentes nos três países que detêm os mais
elevados índices de infecção pelo hiv.
O programa é financiado pelo Plano
Presidencial de Emergência para a AIDS, cujas verbas são enviadas à África do Sul
pelo CRS. Irmã Alison Munro é a responsável por este setor, na Conferência. Em Johanesburgo,
ela se disse muito orgulhosa e grata às pessoas que trabalham no território dedicando
seu tempo e assistência às crianças, nas aldeias. “A seriedade e o compromisso de
nosso pessoal estão à altura de desafios incríveis, em meio a situações muito difíceis.
É o seu trabalho que nos mantém” – disse, agradecendo-as.
A religiosa recordou
que a Igreja sul-africana é coadjuvada, nesta obra, por entidades católicas da Irlanda,
Holanda, Inglaterra e Gales. O programa é destinado principalmente às crianças, e
mesmo consciente de ser ‘uma gota no oceano’, Irmã Alison ressalva que “seu efeito-dominó
é impossível de se definir”.
Graças à distribuição gratuita de medicamentos
antiretrovirais, a maior parte das pessoas inseridas no programa consegue sobreviver
à doença e viver sua existência com dignidade.
Na África do Sul, a poligamia
é permitida e faz parte da cultura zulu: uma prática que tem sido criticada por ativistas
que lutam pela prevenção do HIV/Aids. Ao menos 5,7 milhões de sul-africanos estão
infectados com o vírus. (CM)