São Salvador, 08 fev (RV) - A Igreja Católica em El Salvador pede ajuda a outras
nações, especialmente aos Estados Unidos e Brasil, para combater a violência no país
que, a seu ver, “é gravíssima e pode desfazer a sociedade”.
Em uma coletiva
à imprensa depois da missa de domingo, o arcebispo de São Salvador, Dom José Luis
Escobar Alas, antecipou a idéia, considerando que o Brasil “é um país amigo”.
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve visitar El Salvador no final de fevereiro,
é tido pelo presidente Mauricio Funes como uma referência para seu governo.
“A
escalada da violência não tem limites, do mesmo modo que o bem é infinito porque vem
de Deus, e o mal é sem limite. Se a sociedade o tolerar e permitir uma violência sempre
maior, aonde vamos parar? É necessário por um freio já” – opinou o arcebispo.
A
violência no menor país americano tem números elevados: em 2009, 4.365 homicídios,
o índice mais alto dos últimos 10 anos, segundo estatísticas policiais.
Para
Dom Escobar, é preciso dotar a Polícia de armas e recursos humanos e técnicos "suficientes"
para combater a delinqüência, e ao mesmo tempo, “vigiar o comportamento de seus agentes”,
para efetuar a depuração necessária.
O arcebispo considerou “sumamente preocupante
o nível de violência” em El Salvador, e por conseguinte, é preciso dar uma resposta
o mais rápida e efetivamente.
El Salvador encerrou o mês de janeiro com 404
homicídios, o que equivale a uma média de 13 a cada dia, segundo a Polícia Nacional
Civil (PNC). (CM)