O bem integral da pessoa deve estar no centro das reflexões de quem se ocupa de integração
social.
(6/2/2010) O bem integral da pessoa nas suas varias dimensões, inclusive aquela espiritual
deve estar no centro das reflexões daqueles que se ocupam de integração social. Á
volta deste importante conceito esteve centrada a intervenção de D. Celestino Migliore,
observador permanente da Santa Sé junto das Nações Unidas na 48ª sessão da comissão
para o desenvolvimento social em Nova Iorque. Recordando uma passagem da Caritas
in veritate de Bento XVI: “a sociedade cada vez mais globalizada torna-nos vizinhos
mas não irmãos”, o prelado evidenciou como a integração deve passar através da eliminação
da pobreza e um trabalho digno para todos. D. Celestino Migliore acrescentou que
o crescimento económico e social desenvolve-se através da maior conexão entre as pessoas
e as suas relações. E são muitos os âmbitos nos quais isto pode acontecer: cuidados
médicos, a cultura, a educação, a arte e o desporto. O desenvolvimento social e
a integração – disse o observador permanente da Santa Sé - não derivará apenas de
soluções tecnológicas mas principalmente das relações humanas. Um objectivo que exige
necessariamente uma abertura á vida, enquanto que muitas vezes o crescimento da população
foi considerado uma causa de pobreza e a falta de trabalho uma consequência. O imperativo
para os países - prosseguiu C. Celestino Migliore - consiste em encontrar soluções
adequadas para assegurar ás pessoas as competências, a formação e a instrução de maneira
a promover o desenvolvimento e os direitos humanos. Portanto é necessário criar uma
sociedade aberta, onde se promova a vida e a família, também no caso em que as taxas
de crescimento tenham diminuído . O arcebispo Celestino Migliore indicou precisamente
no núcleo familiar o primeiro contexto onde as crianças aprendem determinadas habilidades,
atitudes e virtudes que as preparam para o mundo do trabalho, permitindo-lhes assim
contribuir para o crescimento económico e o desenvolvimento social. Desta maneira
a educação e a formação tornam-se num investimento a longo prazo; portanto o pedido
é que as politicas familiares estejam baseadas na justiça económica e social. Finalmente
D. Celestino Migliore salientou o fenómeno da emigração irregular, que está a criar
contrastes crescente, mas cujas soluções se podem encontra ainda na integração e na
coesão social” A integração exige um tempo longo e o pleno respeito dos direitos
fundamentais de todos - dos cidadãos e daqueles que acabam de chegar – e de uma cultura
baseada na justiça social.