(5/2/2010) O Haiti constitui "a mais grave crise de protecção das crianças alguma
vez vista", devido ao grande número de órfãos e crianças separadas dos familiares,
após o sismo de 12 de Janeiro, segundo a Unicef. "No que concerne ao número de
crianças não acompanhadas, a situação apresenta-se hoje como a mais grave crise de
protecção de crianças alguma vez vista", disse a directora-geral adjunta do Fundo
das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Hilde Johnson, durante uma conferência
de imprensa em Genebra. Esta responsável reportou que "cerca de 40 por cento dos
haitianos têm menos de 14 anos" e quando ocorreu o sismo 300 mil crianças haitianas
viviam em orfanatos, das quais 50 mil perderam os pais. Na sexta-feira, as autoridades
prenderam os membros de uma associação ligada a uma igreja baptista de Idaho (EUA)
que se faziam acompanhar por 33 crianças, junto à fronteira com a República Dominicana.
Os cinco homens e mulheres afirmaram tratar-se de órfãos do sismo de 12 de Janeiro,
embora não tivessem qualquer autorização ou documento para os levar do Haiti. Negam
que estejam envolvidos em tráfico infantil, e garantem que queriam ajudar algumas
das milhares de crianças abandonadas.
Mas a maioria, soube-se mais tarde,
ainda tem família. A polícia adiantou que alguns pais entregaram os filhos acreditando
que receberiam uma educação melhor e uma vida com mais condições. -A diocese
portuguesa de Viseu antecipou a decisão sobre o destino a dar ao produto da renúncia
quaresmal deste ano, que irá beneficiar a população do Haiti. Decisão semelhante já
tinha sido tomada pelo Bispo do Algarve. A renúncia quaresmal é uma prática habitual
na Igreja Católica durante o período que serve de preparação para a Páscoa. Os fiéis
são chamados a abdicar de alguns dos seus bens em favor das populações mais desfavorecidas
e a entregar esse montante à sua Diocese, que o encaminha para um projecto à sua escolha.