Impulsionar uma comunicação mais justa, solidária e pacífica, sobretudo em contextos
marcados por grandes disparidades socioeconómicas
(5/2/2010) Decorre em Porto Alegre, no Brasil o mutirão de comunicação social da
America Latina e Caraíbas. Na abertura dos trabalhos falou odo presidente
do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, D. Claudio Maria Celli que começou
por recordar a finalidade do evento: impulsionar uma comunicação mais justa, solidária
e pacífica, sobretudo num contexto marcado por grandes disparidades socioeconómicas
, como é o caso latino-americano.
Todavia, alertou, a comunicação pode servir
para melhorar as condições de vida da população ou, pelo contrário, perpetuar as desigualdades.
Por isso, a sociedade espera dos comunicadores atitude e compromisso, e deve ser exigente
na cobrança.
Neste processo, segundo D. Celli, a Igreja pode dar o seu contributo.
Um exemplo é justamente o Mutirão de Comunicação, que representa uma oportunidade
de autoavaliação para a Igreja sobre como os comunicadores cristãos dão testemunho
da Boa Nova dentro e fora da Igreja. Citou ainda o novo portal intermirifica.net,
criado para favorecer laços de comunhão.
D. Cláudio Celli citou muitas vezes
Bento XVI e a Conferência de Aparecida, para recordar que a comunidade cristã deve
ser um espaço onde os valores do Reino são vividos de maneira efectiva. E concluiu
afirmando que a primeira tarefa do comunicador é calar e escutar, só assim poderá
contemplar em profundidade o mistério divino, e cumprir o seu dever: ou seja, facilitar
o encontro com Deus, que é a vocação de todas as pessoas. Facilitar este encontro
é a razão de ser da Igreja.