Nas Vésperas da festa da Apresentação do Senhor, Bento XVI convida a dar graças a
Deus pelo dom da vida consagrada
(2/2/2010) Hoje, festa da Apresentação do Senhor, e Jornada Mundial da Vida Consagrada,
o Papa Bento XVI presidiu na basílica de São Pedro à celebração de Vésperas. Na
homilia começou por recordar que foi o seu predecessor a estabelecer, em 1997, que
esta festa da Apresentação do Senhor fosse celebrada como Jornada da Vida Consagrada.
De facto – observou, “a oblação do Filho de Deus – simbolizada na sua apresentação
ao Templo – é modelo para cada homem e mulher que consagra a sua vida ao Senhor”.
Com esta iniciativa, a Igreja deseja: - antes de mais, dar graças a Deus pelo dom
da vida consagrada; depois, levar todo o Povo de Deus a conhecê-la e apreciá-la; finalmente,
convidar todos os que dedicaram plenamente a sua vida à causa do Evangelho a celebrarem
as maravilhas que o Senhor neles operou.
O Santo Padre deteve-se a comentar
a leitura breve de Vésperas, da Carta aos Hebreus, que apresenta Cristo como Sumo
sacerdote, ao mesmo tempo verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Aqui se encontra – sublinhou
– o verdadeiro fundamento da vida cristã:
“Se Cristo não fosse verdadeiramente
Deus, e não fosse, ao mesmo tempo, plenamente homem, viria a faltar o fundamento da
vida cristã enquanto tal, de um modo todo especial, viria a faltar o fundamento de
toda e qualquer consagração cristã do homem e da mulher. De facto, a vida consagrada
testemunha e exprime, de modo forte, precisamente este procurar-se recíproco
de Deus e do homem, o amor que os atrai”.
“A pessoa consagrada, pelo próprio
facto de o ser – explicou o Papa – representa, para todos aqueles que a encontram,
como que uma ponte em direcção a Deus, um apelo… E tudo isso devido à mediação
de Jesus Cristo, o Consagrado do Pai. O fundamento é Ele!”
Bento XVI fez notar
que a Epístola aos Hebreus convida a dirigirmo-nos com “confiança” ao “trono da graça”,
para “receber misericórdia” e “encontrar graça” e “no momento oportuno”.
“As
pessoas consagradas são chamadas de modo particular a serem testemunhas desta misericórdia
do Senhor, na qual o homem encontra a sua própria salvação”.
De facto, prosseguiu
Bento XVI, as pessoas consagradas “mantêm viva a experiência do perdão de Deus, porque
têm consciência de serem pessoas salvas” e de “se sentirem renovadas e envolvidas
pela santidade de Deus na medida em que reconhecem o seu pecado”. Uma profunda experiência
espiritual que não hão-de guardar só para si…
“As pessoas consagradas experimentam
a graça, a misericórdia e o perdão de Deus, não só para si, mas também para os irmãos,
sendo chamadas a levar no coração e na oração as angústias e as expectativas dos homens,
de modo especial dos que se encontram longe de Deus”.