Reconstruir o Haiti com base no respeito pelos direitos humanos
(1/2/2010) O Observador Permanente da Santa Sé junto das Nações Unidas em Genebra,
o Arcebispo D. Silvano Tomasi, manifestou as suas condolências às vítimas e seus
familiares atingidos pelo terramoto ocorrido no Haiti a 12 de Janeiro , e no qual
perderam a vida mais de 150 mil pessoas. D. Tomasi reiterou que a Igreja continua
a trabalhar para reconstruir este país colocando em primeiro lugar a defesa dos direitos
humanos da população.
No seu pronunciamento durante a 13° Sessão Especial do
Conselho de Direitos Humanos sobre o processo de recuperação do Haiti, o Núncio recordou
também a destruição sofrida pela Igreja naquele país, com a perda de muitos dos seus
membros, entre os quais está o Arcebispo de Port au Prince, D. Serge Miot.
A
emergência actual depois dessa tragédia, continuou D. Tomasi, “demonstra claramente
a necessidade e o valor do respeito pelos direitos humanos. No caso do Haiti, o direito
à vida, ao alimento, à água, à saúde, ao desenvolvimento, à adequada expectativa de
vida, ao direito a um trabalho decente, entre outros, já ausentes há tempos”.
“A
recente tragédia é um apelo à solidariedade da comunidade internacional a responder
imediatamente a essas solicitações do povo haitiano e colocar assim esses direitos
humanos na base de um saudável plano de reconstrução”.
Depois de recordar o
apelo à acção concreta de solidariedade lançado pelo Papa Bento XVI, o Arcebispo
assinalou que “se pode observar que a ajuda chega para as vítimas do terramoto . Muitas
ONGs católicas lançaram programas de reconstrução” como Caritas Internationalis e
a Catholic Relief Services, a agência humanitária do Episcopado dos Estados Unidos
que faz parte desta rede.
Entretanto, continuou o Observador Permanente da
Santa Sé nas Nações Unidas em Genebra, “a bem intencionada e generosa assistência
para o Haiti, antes de mais nada deve oferecer aos haitianos a capacidade de reconstruir
as suas infra-estruturas para que assumam a sua responsabilidade política e social”.
Finalmente
salientou que “a Igreja, como parte integrante da sociedade haitiana, continua a
colaborar activamente na reconstrução do país, promovendo os direitos humanos mais
básicos e contribuindo no campo da saúde e educativo, para que os haitianos possam
ter uma vida de liberdade e dignidade”.