PREOCUPAÇÃO COM A HANSENÍASE REÚNE 4 MIL PESSOAS EM ENCONTRO
Roma, 01 fev (RV) – Todos os anos são descobertos, no mundo, cerca de 700 mil
casos de hanseníase. Número que entristece e preocupa governantes, instituições e
principalmente a população que sofre com isso.
Seguida pela África e Sul da
América, o continente asiático é o mais atingido pela moléstia. Em 2008 foram contagiadas
quase 160 mil pessoas. Dessas, cerca de 100 mil são indianas, país que possui a pior
estatística, com a contagem de 70% dos casos mundiais.
Junto à Índia os países
mais atingidos são: Angola, Brasil, Congo, Costa do Marfim, Guiné, Libéria, Madagascar,
Moçambique, Nepal e Tanzânia, onde a moléstia atinge um a cada 10 mil habitantes.
A hanseníase é uma doença pouco contagiosa e se manifesta com lesões na pele
e nos nervos periféricos. Porém, se diagnosticada em estágio muito avançado pode causar
paralisias e até a morte.
Há poucos anos foi descoberta sua cura, mas que
é eficaz somente quando a doença é diagnosticada antes de haver qualquer paralisia.
Porém, em países pobres, onde a informação e os serviços de saúde são tardios e escassos,
tudo se torna mais difícil. Além disso, se não curada a moléstia, outras pessoas podem
ser contagiadas, contribuindo para sua difusão. Membros da Associação italiana
Amigos de Raoul Follereau, a principal promotora do 57º dia mundial da hanseníase,
ocorrido ontem, afirmam que para se discutir a doença são necessário casos descobertos
no princípio da doença, informação da saúde pública dos países atingidos e, sobretudo,
informações eficazes da população.
A associação reuniu ontem 4 mil voluntários,
presentes nos principais países atingidos, com o intuito de promover a melhora das
condições dos doentes, com uma melhor distribuição de medicamentos, a sensibilizações
da população e o reinserimento dos curados à sociedade. (LC)