La Paz, 30 jan (RV) - O Governo boliviano declarou, nesta sexta-feira, estado
de emergência nacional, devido aos fenômenos climáticos que afetam principalmente
cinco departamentos.
O Presidente Evo Morales fez o anúncio durante uma visita
às 118 famílias afetadas pelo desabamento de 72 casas, ocorrido na quinta-feira, num
bairro da zona sul de La Paz, em consequência das chuvas.
Morales explicou
que a declaração do estado de emergência nacional permitirá que os prefeitos e governadores
regionais possam atender de forma imediata e efetiva os problemas que estão acontecendo
no país, em decorrências das fortes e continuadas chuvas, das inundações e deslizamentos.
O
ministro da Defesa, Rubén Saavedra, disse que o decreto dá prioridade às ações nos
departamentos de Beni (nordeste), Santa Cruz (leste), Chuquisaca (sudeste), Cochabamba
(centro) e La Paz, que são os mais afetados pelo fenômeno climático "El Niño".
"A
partir deste decreto, estão sendo executados todos os mecanismos de defesa municipal,
departamental e nacional, os quais contarão com os recursos suficientes para ajudar
todos os afetados e desabrigados pelas inundações" – esclareceu ele.
Saavedra
acrescentou que a norma inclui as 118 famílias atingidas pelo deslizamento de terra
no bairro de Huanu Huanuni, na área de Bela Vista, sul de La Paz.
A Prefeitura
de La Paz explicou que o deslizamento aconteceu devido à saturação do terreno pela
grande quantidade de casas construídas no local, fato agravado pela falta de drenagem
e pelas chuvas que impregnaram profundamente o solo.
O Presidente Morales pediu
hoje ao governo municipal que garanta os terrenos para construir novas casas aos desabrigados,
medida para a qual assegurou um investimento de pelo menos US$ 2 milhões.
Os
desabrigados passaram a noite em acampamentos instalados em setores limítrofes à área
do deslizamento, que cobre uma superfície de quatro a cinco hectares.
Segundo
um relatório apresentado esta semana pelas autoridades bolivianas, desde dezembro
passado, em toda Bolívia, morreram nove pessoas em consequências das chuvas, e 22.614
famílias ficaram desabrigadas. (AF)