Genebra, 29 jan (RV) - O Observador Permanente da Santa Sé junto à ONU em Genebra,
o Arcebispo Dom Silvano Tomasi, expressou suas condolências às vítimas e parentes
do terremoto que atingiu duramente o Haiti no último dia 12 de janeiro, e no qual
perderam a vida mais de 150 mil pessoas. Dom Tomasi reiterou que a Igreja continua
trabalhando para reconstruir este país colocando em primeiro lugar a defesa dos direitos
humanos da população.
No seu pronunciamento durante a 13° Sessão Especial do
Conselho de Direitos Humanos sobre o processo de recuperação do Haiti, o Núncio fez
um breve repasso também da destruição sofrida pela Igreja naquele país, com a perda
de muitos de seus membros, entre os quais está o Arcebispo de Porto Príncipe, Dom
Serge Miot.
A emergência atual depois dessa tragédia, continuou Dom Tomasi,
“demonstra claramente a necessidade e o valor do respeito pelos direitos humanos.
No caso do Haiti, o direito à vida, ao alimento, à água, à saúde, ao desenvolvimento,
à adequada expectativa de vida, ao direito a um trabalho decente, entre outros, já
ausentes há tempos”.
“A recente tragédia é um chamado à solidariedade da comunidade
internacional a responder imediatamente a essas solicitações do povo haitiano e colocar
assim esses direitos humanos na base de um saudável plano de reconstrução”.
Depois
de recordar o chamado à ação concreta de solidariedade feita pelo Papa Bento XVI,
o Arcebispo assinalou que “se pode observar que a ajuda chega para as vítimas do terremoto.
Muitas ONGs católicas lançaram programas de reconstrução” como Caritas Internationalis
e a Catholic Relief Services, a agência humanitária do Episcopado dos Estados Unidos
que faz parte desta rede.
Entretanto, continuou o Observador Permanente, “a
bem intencionada e generosa assistência para o Haiti, antes de mais nada deve oferecer
aos haitianos a capacidade de reconstruir suas infra-estruturas para que assumam sua
responsabilidade política e social”.
Finalmente Dom Tomasi ressaltou que “a
Igreja, como parte integrante da sociedade haitiana, segue colaborando ativamente
na reconstrução do país, promovendo os direitos humanos mais básicos e contribuindo
no campo da saúde e educativo, para que os haitianos possam ter uma vida de liberdade
e dignidade”. (SP)