2010-01-28 12:34:55

HAITI: BRASIL CHAMA ,ONU RESPONDE


Genebra, 28 jan (RV) - O Conselho de Direitos Humanos da ONU realizou sessão especial ontem em Genebra, na Suíça, em apoio ao Haiti, atingido por um terremoto há pouco mais de duas semanas.

Convocada por iniciativa do Brasil, a sessão extraordinária começou com um minuto de silêncio em memória das vítimas do terremoto. Com a presença de mais de 30 países membros do Conselho, incluindo Estados Unidos e China, a sessão deve terminar hoje.

Em discurso no encontro, o Ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que hoje o maior desafio para os esforços da comunidade internacional será ajudar o país preservando a soberania e condições sustentáveis.

Falando em inglês, o Ministro ressaltou que, na visão do Brasil, a assistência humanitária, a segurança e o desenvolvimento social e econômico da ilha caribenha não podem ser vistos separadamente.

Ele disse que é preciso assegurar alimentação, água e cuidados de saúde, mas também a auto-estima e dignidade dos haitianos.

Amorim lembrou que esteve em Montreal na última segunda-feira para a reunião 'Amigos do Haiti'. O encontro reuniu representantes da ONU e de diversos países que chegaram a um consenso para um compromisso a longo prazo, de 10 anos, para o país.
Já o representante da União Européia, embaixador espanhol Javier Garrigues, pediu à comunidade internacional que ajude o governo haitiano a garantir a segurança da população no país.

A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, avisou que os criminosos que estavam presos e aproveitaram o terremoto para fugir constituem uma grave ameaça para os direitos humanos no Haiti.

Pillay expressou o temor de que ‘delinquentes sem escrúpulos’ foragidos consigam armas e promovam ‘uma onda de crimes violentos’.

A funcionária da ONU advertiu também sobre informações ‘alarmantes’ sobre ‘execuções sumárias de criminosos por multidões enfurecidas’.

“As lições do passado nos ensinaram que temos de prevenir e controlar as violações dos direitos humanos que sempre acontecem depois das catástrofes” - acrescentou.

“A situação atual no Haiti é favorável aos traficantes de pessoas, principalmente de crianças”, alertou, por sua vez, o diretor do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Dermot Carty, adiantando que várias investigações já foram abertas. (CM)







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