Cidade do Vaticano, 27 jan (RV) - Em nosso espaço dedicado à Memória Histórica,
vamos recordar alguns discursos proferidos pelos papas na sede da Organização das
Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque.
Vamos recordar hoje mais um trecho do
discurso proferido por João Paulo II na Assembleia Geral das Nações Unidas em 2 de
outubro de 1979, por ocasião de sua viagem apostólica aos Estados Unidos.
Naquela
ocasião, o Papa Wojtyla frisou que a Declaração Universal dos Direitos Humanos e outros
instrumentos jurídicos, tanto no âmbito internacional quanto nacional devem contribuir
a criar uma consciência geral sobre a dignidade da pessoa humana. E João Paulo II
citou alguns direitos inalienáveis do ser humano, como o direito à vida, educação,
saúde, o direito à alimentação, moradia, à liberdade de expressão entre outros.
"O
conjunto dos direitos humanos corresponde à substância da dignidade do ser humano,
entendido integralmente, e não reduzido a uma só dimensão; tais direitos referem-se
à satisfação das necessidades essenciais do ser humano, ao exercício de suas liberdades
e às suas relações com as outras pessoas; mas eles referem-se sempre e em toda a parte
ao ser humano e à sua plena dimensão humana" – sublinhou o pontífice.
O papa
recordou que Organização das Nações Unidas proclamou o ano 1979 o Ano da Criança.
"Desejo na presença dos representantes aqui reunidos de tantas nações do globo, expressar
a alegria que para cada um de nós constituem as crianças, primavera da vida, antecipação
da história futura de cada uma das presentes pátrias aqui presentes" – frisou.
"A
solicitude pela criança, ainda mesmo antes do seu nascimento, desde o primeiro momento
da concepção e a seguir, nos anos da infância e da juventude, é a primeira e fundamental
verificação da relação do homem para com o homem. O que é que se poderia desejar mais
a todas e cada uma das nações e à toda humanidade, a todas as crianças do mundo,
senão um futuro melhor em que o respeito dos Direitos do Humanos se torne uma plena
realidade nas dimensões do novo milênio que se aproxima?"
João Paulo II nos
convidou a refletir sobre as crianças que vivem em zonas difíceis de conflitos. "Que
elas não tenham como herança, como um patrimônio indispensável, a corrida desenfreada
aos armamentos" – concluiu o papa Wojtyla. (MJ)