2010-01-25 18:36:29

Dar um testemunho comum perante os desafios cada vez mais complexos do nosso tempo, como secularização e indiferença, relativismo e hedonismo, os delicados temas éticos que dizem respeito ao inicio e ao fim da vida, limites da ciência e da tecnologia, dialogo com as outra tradições religiosas: apelo do Papa no encerramento da Semana de oração pela unidade dos cristãos


(25/1/2010) Bento XVI presidiu na tarde desta segunda-feira, na Basílica de São Paulo fora de muros, em Roma, a celebração das segundas Vésperas da solenidade da conversão de São Paulo, que marcou a conclusão da semana de oração pela unidade dos cristãos
No inicio da celebração o Papa foi saudado pelo Cardeal Walter Kasper, presidente do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos, que referindo-se ao tema do oitavário de oração pela unidade dos cristãos “vós sois as testemunhas destas coisas” salientou que ele nos recorda as origens do movimento ecuménico moderno, quando há um século os missionários reunidos em Edimburgo chegaram á conclusão de que o maior obstáculo á missão no mundo era precisamente a divisão entre os cristãos.
Na sua homilia, durante a celebração das Vésperas em S. Paulo fora de muros, Bento XVI afirmou que, a um século de distancia do evento de Edimburgo, a intuição daqueles corajosos precursores é ainda actualíssima
“Num mundo marcado pela indiferencia religiosa, e até mesmo por uma aversão crescente em relação á fé cristã – acrescentou o Papa - é necessária uma nova, intensa, actividade de evangelização, não só entre os povos que nunca conheceram o Evangelho, mas também onde o Cristianismo se difundiu e faz parte da sua historia.
Infelizmente - disse ainda Bento XVI – não faltam questões que nos separam uns dos outros e que esperamos possam ser superadas através da oração e do diálogo, mas existe um conteúdo central da mensagem de Cristo que podemos anunciar juntos: a paternidade de Deus, a vitoria de Cristo sobre o pecado e sobre a morte com a sua cruz e ressurreição, a confiança na acção transformadora do Espírito Santo .
Enquanto estamos a caminho da plena comunhão - salientou depois o Papa – somos chamados a dar um testemunho comum perante os desafios cada vez mais complexos do nosso tempo, como a secularização e a indiferença, o relativismo e o hedonismo, os delicados temas éticos que dizem respeito ao inicio e ao fim da vida, os limites da ciência e da tecnologia, o dialogo com as outra tradições religiosas. Existem depois – acrescentou – ulteriores campos nos quais devemos desde já dar um testemunho comum: a salvaguarda da criação, a promoção do bem comum e da paz ,a defesa da centralidade da pessoa humana, o empenho no sentido de vencer as misérias do nosso tempo, como a fome, a indigência, o analfabetismo, a injusta distribuição dos bens.
O empenho para a unidade dos cristãos - disse Bento XVI a concluir não é tarefa apenas de alguns, nem actividade acessória para a vida da Igreja. Cada um é chamado a dar o seu contributo para dar aqueles passos que levam á comunhão plena entre todos os discípulos de Cristo sem nunca esquecer que ela é antes de mais dom de Deus que se deve invocar constantemente.








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