No Vaticano, segunda reunião do conselho especial para a África da secretaria geral
do Sínodo dos Bispos, com uma resenha dos principais problemas do continente africano
(24/1/2010 Falando ao Corpo Diplomático acreditado junto da Santa Sé, no encontro
de inicio de ano para a troca de bons votos, Bento XVI fez referencia á segunda assembleia
especial para a África do sínodo dos bispos, recordando também a sua viagem apostólica
aos Camarões e Angola salientando o perdurar de ausência de paz e de concórdia em
países como Darfur, Somália, Republica Democrática do Congo, Guiné e Madagáscar. Os
padres sinodais durante a recente assembleia para a África dedicaram atenção á justiça,
paz e reconciliação, compreendidas no tema dos trabalhos para as quais todas as instancias
eclesiais em África devem empenhar-se, antes de mais através do sacramento da penitencia
e a capacidade de perdão, como condições prepoliticas de pacificação e de convivência
concorde. Além disso é necessário evitar de transformar a teologia em politica,
levando sobretudo a teologia directamente ao ministério pastoral concreto, de maneira
a aplicar as grandes perspectivas da Sagrada Escritura e da Tradição, como indicou
o Santo Padre no discurso á Cúria Romana a 21 de Dezembro de 2009. Pelo que diz
respeito á salvaguarda da criação, preocupam a erosão e a desertificação de vastas
áreas de terra arável, resultado da exploração e da poluição atmosférica, enquanto
emerge a necessidade de formas de produção agrícola e industrial capazes de respeitar
a criação enfrentando as necessidades de todos. Foi com estas reflexões que o secretario
geral do sínodo dos bispos D. Nikola Eterovic introduziu os trabalhos da segunda reunião
do conselho especial para a África da secretaria geral do sínodo dos bispos efectuada
nos passados dias 19 e 20. Á introdução do secretario geral seguiu-se uma serie
de intervenções dos participantes que se referiram aos ecos bastante positivos da
assembleia especial nos respectivos países e igrejas particulares, bem como á situação
social e eclesial das suas regiões. Os membros do conselho detiveram-se sobre os
principais problemas observando que a Igreja em vários países se encontra na necessidade
de defender o povo contra as injustiças. A falta de paz leva depois a Igreja a um
forte empenho na mediação e no acolhimento daqueles que sofrem as consequências
das guerras internas. A reconciliação continua a ser um desafio para a Igreja em
África, a qual deve ser reconciliada em si mesma para se tornar credível na sua pregação
e na sua acção social. No que diz respeito ao diálogo interreligioso, os participantes
nesta reunião do conselho especial para a África da secretaria geral do sínodo dos
bispos afirmaram que se está a procurar estabelecer laços de acordo e colaboração,
sobretudo com o Islão, que é a religião mais difusa no Continente. Auspicia-se que
os grupos fundamentalistas sejam cada vez mais desautorizados e marginalizados pelos
representantes oficiais do Islão.