2010-01-24 14:51:29

No Vaticano, segunda reunião do conselho especial para a África da secretaria geral do Sínodo dos Bispos, com uma resenha dos principais problemas do continente africano


(24/1/2010 Falando ao Corpo Diplomático acreditado junto da Santa Sé, no encontro de inicio de ano para a troca de bons votos, Bento XVI fez referencia á segunda assembleia especial para a África do sínodo dos bispos, recordando também a sua viagem apostólica aos Camarões e Angola salientando o perdurar de ausência de paz e de concórdia em países como Darfur, Somália, Republica Democrática do Congo, Guiné e Madagáscar.
Os padres sinodais durante a recente assembleia para a África dedicaram atenção á justiça, paz e reconciliação, compreendidas no tema dos trabalhos para as quais todas as instancias eclesiais em África devem empenhar-se, antes de mais através do sacramento da penitencia e a capacidade de perdão, como condições prepoliticas de pacificação e de convivência concorde.
Além disso é necessário evitar de transformar a teologia em politica, levando sobretudo a teologia directamente ao ministério pastoral concreto, de maneira a aplicar as grandes perspectivas da Sagrada Escritura e da Tradição, como indicou o Santo Padre no discurso á Cúria Romana a 21 de Dezembro de 2009.
Pelo que diz respeito á salvaguarda da criação, preocupam a erosão e a desertificação de vastas áreas de terra arável, resultado da exploração e da poluição atmosférica, enquanto emerge a necessidade de formas de produção agrícola e industrial capazes de respeitar a criação enfrentando as necessidades de todos.
Foi com estas reflexões que o secretario geral do sínodo dos bispos D. Nikola Eterovic introduziu os trabalhos da segunda reunião do conselho especial para a África da secretaria geral do sínodo dos bispos efectuada nos passados dias 19 e 20.
Á introdução do secretario geral seguiu-se uma serie de intervenções dos participantes que se referiram aos ecos bastante positivos da assembleia especial nos respectivos países e igrejas particulares, bem como á situação social e eclesial das suas regiões.
Os membros do conselho detiveram-se sobre os principais problemas observando que a Igreja em vários países se encontra na necessidade de defender o povo contra as injustiças. A falta de paz leva depois a Igreja a um forte empenho na mediação e no acolhimento daqueles que sofrem as consequências das guerras internas.
A reconciliação continua a ser um desafio para a Igreja em África, a qual deve ser reconciliada em si mesma para se tornar credível na sua pregação e na sua acção social.
No que diz respeito ao diálogo interreligioso, os participantes nesta reunião do conselho especial para a África da secretaria geral do sínodo dos bispos afirmaram que se está a procurar estabelecer laços de acordo e colaboração, sobretudo com o Islão, que é a religião mais difusa no Continente. Auspicia-se que os grupos fundamentalistas sejam cada vez mais desautorizados e marginalizados pelos representantes oficiais do Islão.








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