Roma, 23 jan (RV) – “2010 e 2011 são anos decisivos para a história do Sudão.
Estou convencido de que há concretas esperanças de paz, porque nos últimos meses,
verificaram-se progressos seja no Sul do Sudão, como em Darfur”, disse o Núncio Apostólico
no Sudão e na Eritréia, Dom Leo Boccardi.
Dom Boccardi afirma que, apesar
da necessidade de superar dificuldades, já que ainda há corrupção e conflitos tribais
no pais, acredita que “se o Acordo Mundial pela Paz for integralmente aplicado, o
Sudão reencontrará a paz”.
Assinado em Nairóbi em 2005, o acordo prevê a realização,
em abril deste ano, de votações para eleger o presidente do país, o parlamento e os
governadores, e, em 2011, um referendo sobre a independência do Sul do Sudão.
Segundo
à Agência Fides, o núncio apostólico confirma que a situação em Darfur está melhorando.
“Não houve a emergência humanitária prevista por alguns observadores quando o governo
de Cartum expulsou diversas ONGs ocidentais da região. Elas foram substituídas por
ONGs árabes e hoje, nota-se um processo de retorno das populações às suas aldeias”.
Como afirmam os dirigentes da força de paz conjunta ONU-União Africana, “a
fase do confronto militar parece ter sido superada e o confronto hoje situa-se mais
no plano político”.
Apesar das dificuldades, a Igreja no Sul do Sudão continua
a progredir. O bispo conta que já foi “criada uma universidade católica, reaberto
o seminário maior e o Secretariado católico que havia sido transferido a Nairóbi,
no Quênia, está para retornar a Juba”. Além disso, há especial movimentação dos jovens
que desejam participar da vida da Igreja.
“A mensagem lançada por Bento XVI
no final da Segunda Assembléia Especial para a África do Sínodo dos Bispos (“Igreja
na África, levanta e caminha, em solidariedade com a Igreja universal”), foi bem acolhida
pela Igreja do Sudão e da Eritréia, que desejam que continuem sua obra de evangelização.
(LC)