Strasburgo, 22 jan (RV) - O Parlamento Europeu condenou ontem duramente toda
forma de violência, discriminação e intolerância com base em religião ou crença, seja
contra crentes, apóstatas ou não-crentes.
Em comunicado, o Parlamento trata
dos recentes ataques contra minorias cristãs no Egito e na Malásia, pedindo que as
autoridades destes países tomem medidas para garantir a segurança dos cristãos e de
outras minorias religiosas em seus territórios, e protejam seus locais de culto.
Ainda
sobre a questão, o Parlamento adotou uma resolução na qual destaca o direito à liberdade
de pensamento, de consciência e de religião, definindo-os “direitos humanos fundamentais
garantidos pelos instrumentos jurídicos internacionais”.
Ao ressaltar que a
Europa não está imune às violações destas liberdades, a instituição solicitou ao Conselho,
à Comissão e aos altos representantes da União Européia que dediquem especial atenção
à situação das minorias religiosas no âmbito de suas relações com outros países.
Em
relação ao Egito, o comunicado pede ao governo que garanta a integridade física dos
cristãos coptas e de outras minorias religiosas no país. O Parlamento expressou também
sua preocupação com relação aos recentes ataques contra igrejas e locais de culto
cristãos na Malásia, manifestando solidariedade para com as vítimas.
Por ocasião
da vigília do Natal ortodoxo, em 6 de janeiro, um atentado causou a morte de sete
pessoas no Egito, entre as quais um agente de segurança muçulmano. Já na Malásia,
há uma disputa judicial pelo direito de usar a palavra “Alá” para referir-se ao Deus
cristão. O governo malaio chegou a confiscar 15.000 cópias da bíblia impressas em
língua malaia, nas quais era usada a palavra “Alá” para referir-se a Deus. (CM)