2010-01-20 14:04:04

JOÃO PAULO II NA SEDE DA ONU EM 1979


Cidade do Vaticano, 20 jan (RV) – Vamos recordar hoje em nosso espaço dedicado à Memória Histórica, alguns discursos proferidos pelos papas na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque.

Recentemente iniciamos com o memorável discurso proferido por Paulo VI na sede das Nações Unidas, em 4 de outubro de 1965: o primeiro pronunciamento feito por um pontífice perante a ONU. Hoje recordaremos o discurso proferido por João Paulo II na Assembleia Geral ONU em 2 de outubro de 1979, por ocasião de sua viagem apostólica aos Estados Unidos.

Naquela ocasião, o Papa Wojtyla frisou que o motivo formal de sua intervenção era a particular ligação de cooperação que une a Sé Apostólica à Organização das Nações Unidas, "como mostra a presença da Missão Permanente de um Observador da Santa Sé junto desta Organização" – ressaltou João Paulo II.

"Ilustríssimos senhores e senhoras vocês estão aqui representando Estados, sistemas e estruturas políticas. Vocês representam homens, comunidades e povos, com sua dignidade de pessoas, com sua subjetividade, sua própria cultura, experiências e aspirações, tensões e sofrimentos e suas legítimas expectativas" – disse o papa que acrescentou: "nesta perspectiva encontra o seu porque toda atividade política, nacional e internacional, a qual, em última análise, provém do homem, se exercita mediante o homem e é para o homem. Se tal atividade se distancia desta fundamental relação e finalidade, se perde grande parte de sua razão de ser. E mais ainda, ela pode se tornar fonte de uma específica alienação; pode cair em contradição com a própria humanidade. Na realidade, a razão de ser de toda a política é o serviço ao homem, é a adesão, cheia de zelo e responsabilidade, aos problemas e às tarefas essenciais de sua existência terrena, com a sua dimensão e alcance social, da qual contemporaneamente depende o bem de cada pessoa".

O Papa Wojtyla falou ainda sobre o aumento de armamentos e frisou que a destruição continua ameaçando gravemente a vida da humanidade contemporânea. E João Paulo II sublinhou: "o opor resistência a propostas concretas e efetivas de real desarmamento testemunha que, com a vontade de paz declarada por todos e pela maior parte desejada, coexiste, talvez escondido, talvez hipotético, mas real, o seu contrário e a sua negação. É necessário um contínuo, ou melhor, um maior esforço para exterminar as próprias possibilidades de provocações para a guerra, a fim de tornar impossíveis os seus cataclismos, agindo sobre as atitudes, sobre as convicções e sobre as próprias intenções e aspirações dos Governos e dos povos. Em tal compromisso servem com certeza todas as iniciativas que tenham como fim a cooperação internacional em favor da promoção do desenvolvimento". RealAudioMP3
(MJ)







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