Nova York (RV) - Segundo o Comitê da ONU sobre os Direitos das Crianças, meninos
e meninas do Haiti seriam quase metade da população do país, por isso acesso à
água limpa e cuidados de higiene são considerados vitais.
O Comitê das Nações
Unidas sobre os Direitos das Crianças afirmou que está profundamente preocupado com
os possíveis efeitos devastadores do terremoto que atingiu o Haiti sobre os meninos
e meninas do país.
Em comunicado emitido ontem, segunda-feira, o Comitê fez
um apelo para que todos os envolvidos na ajuda humanitária prestem atenção especial
à vulnerabilidade das crianças que sobreviveram ao desastre.
O órgão diz que
elas vão enfrentar muitos perigos adicionais, pois são as mais afetadas por catástrofes.
Segundo
o Comitê, as necessidades especiais e os direitos das crianças devem ser levados em
conta durante a distribuição de alimentos.
O órgão, que está reunido em sessão
em Genebra, ressalta ainda que está alarmado com notícias de saques no Haiti, e que
as crianças precisam ser protegidas de todas as formas de violência e exploração,
incluindo abuso sexual.
Os dezoito membros do Comitê também alertam para os
milhares de meninos e meninas que foram separados das famílias após o terremoto: “é
fundamental que eles sejam identificados assim que possível”.
Neste sentido,
o Unicef começou a visitar hospitais e praças onde se encontra a população desabrigada
de Porto Príncipe, Haiti, para tentar identificar menores que foram separados de seus
familiares em seguida ao tremor.
A representante do Unicef na América Latina
e no Caribe, Tamara Hahn, destacou que depois dos desastres registrados no país, as
crianças são a parcela mais vulnerável da população, devido ao alto risco de tráfico
ilegal de menores órfãos.
Segundo Tamara, embora não haja cifras exatas de
todos os menores desamparados, serão criados centros de recepção seguros para as crianças
que perderam os pais, onde serão oferecidos tratamentos psicológico e médico.
O
Fundo das Nações Unidas para a Infância enfatizou também a necessidade de doações
de roupas e comidas para os menores. (ONU - CM)