Pequim, 19 jan (RV) - “Matteo Ricci. Encontro de civilização na China dos Ming”
é a exposição itinerante que será inaugurada no próximo dia 6 de fevereiro em Pequim
e que depois se transferirá para Shanghai, no mês de abril, e Nanquim em junho. A
mostra é promovida e organizada pela região italiana das Marcas por ocasião do IV
centenário da morte desse missionário jesuíta.
Na coletiva de apresentação
do evento, realizada ontem em Macerata cidade natal do jesuíta, o bispo da diocese
Dom Claudio Giuliodori, recordou como Ricci foi um homem com uma “personalidade poliédrica”
consciente de ter uma missão “única e extraordinária”, a de ser “o primeiro a estabelecer
uma ponte entre o Oriente e o Ocidente”. “Padre Ricci – acrescentou Dom Giuliodori
– constitui um paradigma de excepcional atualidade, porque nunca como hoje o mundo
ocidental é chamado a instaurar um relacionamento com a China”.
A mostra é
dividida em duas seções: a primeira reconstrói, através de diversos objetos, o tecido
cultural e artístico do tardo Renascimento com a exposição, pela primeira vez na China,
de pinturas de alguns entre os maiores artistas italianos daquele tempo – entre os
quais Raffaello, Tiziano, Lorenzo Lotto, Federico Zuccari, Federico Barocci, Giulio
Romano, Simone De Magistris; a segunda parte é dedicada à China do século XVI com
instrumentos e documentos chineses da época e a reconstrução das cidades e das etapas
da viagem do Padre Ricci. (SP)