2010-01-15 12:33:48

IGREJA EM MIAMI: PROGRAMA EM PROL DOS ÓRFÃOS HAITIANOS


Miami, 15 jan (RV) – A Arquidiocese de Miami (EUA) está organizando um programa para ajuda aos órfãos deixados pela tragédia devastadora que acometeu o Haiti. A operação prevista é semelhante ao programa “Pedro Pan” que permitiu a saída de Cuba de 14.048 menores na década de sessenta.

O diretor executivo dos Serviços Legais Católicos da arquidiocese, Randolph McGrorty, informou que já está em contato com o governo dos EUA para apresentação do projeto no qual as crianças haitianas entrariam no país com vistos de tipo humanitário.

“Devido à magnitude do desastre ocorrido no Haiti, é uma prioridade trazer estas crianças órfãs para os Estados Unidos” – afirmou McGrorty em uma coletiva à imprensa realizada ontem no gabinete do parlamentar cubano-americano Mario Díaz-Balart.

A Igreja católica utilizaria o mesmo sistema implementado com a operação “Pedro Pan” entre 1960-62, considerada o maior êxodo infantil do século XX no Ocidente.

A parlamentar estadunidense Ileana Ros-Lehtinen elogiou a proposta da Igreja católica e declarou que um passo importante é também outorgar um status de proteção temporário (TPS) para os haitianos.

O TPS é concedido pelo governo dos EUA a pessoas fogem de desastres naturais ou conflitos civis em seus países de origem, para que possam viver e trabalhar legalmente no país. Os EUA concederam este status aos hondurenhos e nicaragüenses em 1998, em razão do furacão “Mitch” que açoitou naquele ano a América Central.

O artífice da “Operação Pedro Pan” para as crianças cubanas foi monsenhor Bryan O. Walsh, que se encarregou de receber os menores e encaminhá-los para abrigos e em seguida para a vida em famílias adotivas ou orfanatos.

A operação da Igreja em Miami se efetuou logo após o triunfo da Revolução Cubana quando um homem trouxe até padre Walsh um adolescente chamado Pedro para que se refugiasse já que seus pais não conseguiam sair da ilha de Cuba.

Mons. Walsh, que faleceu em 2001, se deu conta de que havia muitos casos de menores cubanos em busca de lugar seguro nos EUA e, por isso, entrou em contato com a administração do presidente Dwight Eisenhower, que apoiou com recursos o programa. (RD)







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