SÍNODO: TEMPO VIGOROSO PARA A IGREJA NO ORIENTE MÉDIO
Bagdá, 07 jan (RV) - "Será um tempo vigoroso; importante é a escolha de colocar
no centro o tema do testemunho. As Igrejas orientais devem estar conscientes da própria
missão e ter a preocupação e o cuidado com o futuro do Evangelho nessas terras." Assim,
em uma entrevista à Agência SIR, da Conferência Episcopal Italiana, o arcebispo caldeu
de Kirkuk, no Iraque, Dom Louis Sako, definiu um dos eventos eclesiásticos mais aguardados
de 2010: a Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para o Oriente Médio, que se realizará
de 10 a 24 de outubro, em Roma.
Referindo-se ao tema sinodal centralizado,
em especial, sobre a comunhão e o testemunho, o arcebispo advertiu para o risco de
que as Igrejas no Oriente Médio percam de vista o anúncio evangélico, relegando a
presença cristã à esfera litúrgica: "Toda a Igreja tem a missão de testemunhar; do
contrário, não é Igreja".
Sobre a comunhão, Dom Louis é claro: "A divisão dos
cristãos é um escândalo. Os próprios muçulmanos nos perguntam por que estamos divididos".
Para o prelado, necessita-se de uma pastoral comum, unificada em língua árabe:
"As nossas são pequenas Igrejas que, para viver, devem colaborar. Sem cooperação,
não existe futuro".
O mesmo vale para o diálogo inter-religioso: "Sem o diálogo
com o Islã, não temos futuro. As Igrejas no Oriente Médio podem, também elas, favorecer
uma justa colaboração ao problema entre israelenses e palestinos. É importante que
os cristãos orientais permaneçam nesta região, eles fazem parte da grande herança
da Igreja universal, e sua saída é uma perda notável para toda a Igreja". (BF)