Cidade do Vaticano, 04 jan (RV) – No alvorecer de 2010, a ameaça terrorista
está presente.
Depois das acusações do presidente dos Estados Unidos, Barack
Obama, à ala iemenita de Al Qaeda pelo atentado falido no voo Amsterdã-Detroit, houve
o fechamento das embaixadas americana e inglesa em Sanaa, capital do Iêmen.
Ontem,
o premiê britânico Gordon Brown anunciou que os dois países intensificarão as ações
conjuntas para combater a ameaça terrorista no Iêmen e na Somália – países em que
o nigeriano responsável pelo atentado de Natal teria sido adestrado. No entanto, Obama
convovou para amanhã um vértice sobre a segurança na Casa Branca.
Sobre os
efeitos do terrorismo, a Rádio Vaticano entrevistou o sacerdote jesuíta Padre Samir
Khalil Samir, docente de História na Universidade São José de Beirute, no Líbano:
Pe. SAMIR:- "Parece-me que existe uma espécie de desespero por parte
dos terroristas: se de um lado o terrorismo procura causar de modo cego tanto mal
à população, de outro não consegue em nenhum lugar convencer as pessoas, começando
pelos próprios muçulmanos. Não consegue mudar a estrutura do país que ataca. Na realidade,
os terroristas matam, alimentam muita violência, mas as pessoas não reagem a favor
deles. E isso será assim até que as pessoas entendam o que diz o Papa, ou seja, que
a violência não leva a nada."
P:- Padre Samir, fala-se do Iêmen. É
real pensar em um ataque americano contra as bases fundamentalistas islâmicas no Iêmen?
Pe. SAMIR:- "Esta ação, se for colocada em prática, não vai deter os
terroristas. A violência atrai violência. Tudo isso levaria outros jovens a estarem
prontos a dar a vida por aquilo que acreditam ser o caminho melhor, por aquilo que
acreditam ser a verdade." (BF)