Manila, 04 jan (RV) - “Graças à fé se poderia compreender que a paz é melhor
do que a luta armada”: é o que pensa Padre Salvador Nocomora, missionário da diocese
de Manila, nas Filipinas, entrevistado pela agência Asianews sobre a questão da evangelização
dos rebeldes comunistas do New People’s Army, o braço armado do Partido comunista
filipino. “Muitos deles são cristãos, que entram nas fileiras dos rebeldes por causa
da pobreza e do desemprego - conta o sacerdote – acrescentando, que eles têm necessidade
de uma nova evangelização para se reintegrarem na sociedade”.
O religioso
considera falimentar os programas de desenvolvimento e integração propostos até agora
pelo governo local, iniciados com a anistia da presidente Arroyo em 5 setembro de
2007 e que nos próximos meses prevêem o desenvolvimento das áreas rurais através da
construção de escolas, estradas e empresas agrícolas.
A luta entre exército
regular e rebeldes comunistas nas Filipinas dura desde 1968 e causou a morte de milhares
de pessoas e a devastação das regiões centrais do país. Hoje, calcula-se que os rebeldes
são cerca de 4.500, e que controlam mais de 1.300 vilarejos entre as províncias de
Marinduque, Bohol, Romblon, Lyte e Misamis, no arquipélago de Visayas; segundo informações
locais, parece que a maior parte dos novos recrutas seja formada por menores de idade.
(SP)