2010-01-02 14:44:05

GUATEMALA: O VALOR DA PAZ


Cidade de Guatemala, 02 dez (RV) - Passados 13 anos da assinatura dos históricos acordos que colocaram ponto final em dezenas de anos de guerra civil, que causaram a morte de milhares de civis, o Núncio Apostólico na Guatemala, Dom Paul Richard Gallagher, falando nesta semana na capital guatemalteca, durante a cerimônia “A troca da Rosa da Paz”, recordou a importância e os frutos da paz obtida.

Dom Gallegher agradeceu o Presidente da República que “reconheceu à Santa Sé o seu permanente papel em favor da paz e à Igreja presente na Guatemala o seu compromisso”. Neste âmbito o núncio apostólico recordou que recentemente no Vaticano celebrou-se o sucesso da mediação pontifícia entre o Chile e a Argentina a dez anos de distância da assinatura do Tratado de amizade e cooperação entre os dois países latino-americanos.

Ao mesmo tempo Dom Gallagher recordou a primeira mensagem para o Dia Mundial da Paz pronunciada por Paulo VI, 43 anos atrás, que está em sintonia com o Dia Mundial da Paz deste ano, no qual o Papa Bento XVI convidou a humanidade a refletir sobre o relacionamento entre paz e salvaguarda da Criação.

“A paz é uma criatura delicada e frágil que ocorre nutrir e à qual se dever ter muito cuidado”, destacou Dom Gallagher, observando que “o atual clima de violência, de desigualdade e de impunidade” que vive o país centro-americano torna difícil “demonstrar onde termina o conflito e onde inicia a paz”. Todo processo de paz – explicou em seguida o núncio – deve-se basear em dois princípios: “Sem justiça não existe a possibilidade de reconciliar os corações e sem uma reconciliação duradoura não pode existir a paz”. “A paz é uma virtude espiritual que procura manifestar-se nos nossos relacionamentos e nas estruturas sociais. Ela é livre e interior e não pode coexistir com a injustiça.”

“A busca da paz, concluiu Dom Gallagher, é uma condição imprescindível para a convivência humana e um critério de retidão das nossas ações. Não podemos jamais acreditar que a paz seja uma conquista óbvia; ao contrário, devemos buscá-la de modo constante e ativamente, partilhando os seus frutos com os demais”. (SP)







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