Bauru, 31 dez (RV) - A Diocese Maronita do Brasil, com 6 milhões de fiéis no
Brasil, quer ampliar o número de seguidores no nosso território. O arcebispo maronita
Dom Edgard Madi, em Bauru participando do 3.º Encontro dos Padres Maronitas do Brasil,
concedeu entrevista à agência JC, revelando que a Igreja pretende expandir sua abrangência
para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país.
Atualmente com 12 paróquias
distribuídas no Sul e Sudeste do Brasil, os fiéis da Igreja Maronita são em grande
maioria descendentes de libaneses e sírios – cujas colônias somam cerca de 9 milhões
de habitantes em solo brasileiro. “O Papa Bento XVI me nomeou como arcebispo para
conservar a presença dessa Igreja no Brasil. Existem ainda muitos descendentes em
outras localidades, espalhados no país inteiro” - aponta.
Em declarações ao
JC, Dom Edgard afirma querer abrir mais paróquias porque existe uma demanda crescente:
“Nesses três anos como arcebispo, já visitei comunidades libanesas de cidades como
Porto Velho (RO), Manaus (AM), Salvador (BA), Belém (PA), Natal (RN), Cuiabá (MT)
e Campo Grande (MS). E a resposta que temos é sempre muito positiva”.
O arcebispo
explicou que a Igreja Maronita pertence à corrente católica apostólica oriental, vinculada
à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e à Sé Apostólica, reconhecendo
no papa sua autoridade máxima. Tradicional no Líbano, a Igreja Maronita possui ritual
próprio, com celebração da missa em língua aramaica, diferente do rito latino adotado
pelos católicos ocidentais.
Assim como no rito latino, também possui devoção
a santos e sacramentos como batismo, crisma e primeira comunhão. No Brasil, a Igreja
Maronita existe desde 1962. (CM)