Na Basílica de S. Pedro, o Papa Bento XVI preside hoje a celebração das primeiras
Vésperas da Solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus; amanhã a celebração eucarística
por ocasião do Dia Mundial da Paz
(31/12/2009) Na tarde deste dia 31, na Basílica de S. Pedro, com inicia ás 18hoo,
o Papa Bento XVI presidirá a celebração das primeiras Vésperas da solenidade de Maria
Santíssima Mãe de Deus, que se concluirá com o Te Deum de agradecimento de fim de
ano.. No primeiro do ano, por ocasião da jornada mundial da Paz, Bento XVI preside
na Basílica de S.Pedro a celebração eucarística, com inicio ás 10h00; ao meio dia
o Santo Padre recitará a oração mariana do Angelus. Ao mesmo tempo que decorria
em Copenhaga a Conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas, foi apresentada
aqui em Roma a Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2010, com o mote Se
quiseres cultivar a paz, preserva a criação. Nesta mensagem, convida ao reforço
da “aliança entre ser humano e ambiente”, cuja salvaguarda é essencial para a convivência
pacífica da humanidade. No sentido mais imediato, as alterações climáticas são
realmente uma ameaça à paz, uma vez que os efeitos que delas decorrem – menos terras
aráveis, falta de água, aumento de cheias e secas prolongadas – provocam já conflitos
pelo acesso a recursos naturais cada vez mais escassos nalgumas partes do mundo, bem
como um número crescente de “refugiados climáticos”, vítimas das catástrofes naturais
e da subida do nível do mar nas zonas costeiras. Mas há também uma forte dimensão
de justiça: os países em desenvolvimento foram os que menos contribuíram para o actual
estado do clima, porém são quem mais sofre hoje seus os efeitos nefastos. À procura
de soluções para a “crise ecológica”, Bento XVI separa os aspectos técnicos, onde
têm a palavra os cientistas, dos aspectos éticos, aos quais é necessário responder
com “uma nova solidariedade”. Em Copenhaga, na entrega de uma petição que juntou mais
de 500 mil assinaturas de cristãos de todo o mundo, o comissário Yvo de Boer, responsável
máximo das Nações Unidas nas negociações, reconheceu que o que está em causa nesta
discussão é sobretudo um problema moral. E aqui os cristãos, legitimados pela sua
visão do ambiente como criação de Deus que nos é confiada para preservar, devem ter
uma voz activa na denúncia de abusos e na alteração de comportamentos pessoais. O
Papa apela ainda a uma profunda revisão do modelo de desenvolvimento actual, para
que ele se passe a alicerçar em valores firmes, como a sobriedade e a solidariedade,
que contrastam com o consumismo e o egoísmo que reinam no nosso tempo.