CATARINA LABOURÉ: MODELO DE CARIDADE E DEVOÇÃO MARIANA
Cidade do Vaticano, 31 dez (RV) - Catarina Labouré nasceu em 1806, na França,
em uma família de agricultores. Ainda na infância, perdeu sua mãe, o que lhe conduziu
a uma devoção mais profunda e filial com a Virgem Maria.
Aos 24 anos entrou
para as Filhas da Caridade, congregação fundada por São Vicente de Paulo e Santa Luísa
de Marillac. Testemunhou na vida religiosa uma especial dedicação ao serviço ativo
da caridade e uma profunda vida de oração.
Foi durante o seu noviciado com
as Filhas da Caridade, em 1830, na capela da rua do Bac, em Paris, que Nossa Senhora
lhe apareceu por três vezes, revelando o futuro da França e pedindo que se cunhasse
a chamada "medalha milagrosa". À jovem noviça, a Virgem Maria apresentando-lhe uma
imagem, pedia: "Fazei cunhar uma medalha sob este modelo. As pessoas que a usarem,
com confiança, receberão muitas graças".
Tal acontecimento deu origem à popular
devoção da medalha espalhada hoje pelo mundo. A medalha traz de um lado a imagem da
Virgem com os braços abertos, lançando raios de graça sobre o mundo e no reverso a
cruz, o "M" de Maria, um coração coroado de espinhos e outro transpassado por uma
lança.
A irmã Catarina Labouré, ao fim de seu noviciado, foi transferida para
um subúrbio de Paris onde prosseguiu sua vida no anonimato e santidade ao serviço
dos doentes e idosos. Faleceu em 31 de dezembro de 1876. Celebra-se, portanto, hoje
a sua memória litúrgica.
Em 1933, por ocasião de sua beatificação, foi aberta
sua sepultura e seu corpo foi encontrado intacto e transferido para a Capela da rua
do Bac, sendo instalado sob o altar da Virgem do Globo. (RD)