Cidade do Vaticano, 30 dez (RV) - O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé,
Pe. Federico Lombardi, publicou ontem antecipadamente seu editorial ‘Octava Diaes’:
uma reflexão sobre as visitas realizadas por Bento XVI ao Hospital Coração de Jesus
e ao refeitório dos pobres e imigrantes da Comunidade de Santo Egídio.
“Quando
foi intimado pelos perseguidores a entregar os tesouros da Igreja, o diácono mártir
Lourenço, apresentou-lhes os pobres que servia dizendo: ‘Eis o nosso tesouro’”.
Naquele
almoço, o papa recordou este episódio. Não esqueceremos a conversa fraterna que manteve,
na mesa, com refugiados, ciganos, portadores de deficiências, cristãos e muçulmanos;
de sua alegria sincera ao participar daquele evento de solidariedade e mais ainda,
da amizade sem fronteiras. Àqueles que definiam sua visita ‘um milagre’, ele respondia:
‘o milagre era o encontro cotidiano de histórias e pessoas tão diferentes, que se
entendem graças à linguagem única do amor’.
Lembraremos também das mãos dos
doentes apertando as do papa, duas semanas antes, em sua visita ao Hospital para enfermos
graves e em estado terminal. As orações sussurradas, os olhos dos doentes, moribundos,
cheios de lágrimas.
Aguardamos também a próxima visita de Bento XVI ao refeitório
da Caritas, na estação ferroviária de Roma, outra etapa do itinerário de encontros
com os ‘tesouros’ da comunidade cristã.
Pe. Lombardi encerra a reflexão agradecendo
ao Santo Padre por unir ao magistério de suas palavras esta série de gestos espontâneos,
simples e eloqüentes. “Desde o início do pontificado, tem dito que Deus é amor; hoje
o agradecemos porque nos ajuda a entendê-lo”. (CM)