2009-12-29 10:40:07

JOVENS DE TAIZÉ REUNIDOS NA POLÔNIA


Poznan, 29 dez (RV) - Sob o desafio de aprofundar a confiança em Deus e desenvolver atitudes de partilha, 30 mil jovens participam a partir de hoje do 32º encontro da comunidade de Taizé, em Poznan, na Polônia.

Ao longo de cinco dias, a reflexão vai se concentrar na “Carta da China”, documento que deve inspirar a criação de um futuro de paz além dos muros que muitas vezes nos separam.

Jovens, irmãos da comunidade e a população local terão a oportunidade de rezar juntos, meditar através de cânticos e refletir sobre cerca de 20 temas que vão desde a Bíblia à arte polonesa, passando por questões sociais.

A Polônia está recebendo o encontro pela quarta vez, nesta edição que coincide com a celebração dos 20 anos da abertura das fronteiras do Leste.

A programação é intensa: durante a manhã, os jovens se reunirão em 150 paróquias das dioceses de Poznan e de Gniezno. À tarde, vão se encontrar no Parque de Exposições da cidade para as refeições, para as orações comunitárias e workshops sobre questões relacionadas com a sociedade e a vida interior. Os jovens são convidados a debater questões como “Hoje, na Europa e em todos os continentes, refletimos suficientemente sobre o sentido de liberdade?”.

Todos os dias haverá meditações conduzidas pelo Irmão Alois, autor da “Carta da China” e sucessor de Irmão Roger, que fundou a comunidade.

Na “Carta”, traduzida em mais de 50 línguas e entregue aos jovens em sua chegada à Polônia, o prior da comunidade defende que “em cada ser humano há uma espera”. “Quanto mais procuramos Deus, mais podemos fazer esta surpreendente descoberta: é ele que nos procura em primeiro lugar” - explica.

A carta foi escrita depois de uma viagem de três semanas à China continental, que será abordada em Poznan. Taizé mantém relações com os cristãos da China há mais de vinte anos. Em sinal de amizade, este ano, a comunidade mandou imprimir um milhão de Bíblias em chinês, que estão sendo distribuídas por todo o país.

Em meados deste mês, Bento XVI enviou uma mensagem aos participantes do encontro: “O papa confia em vocês para ir ao encontro dos homens e mulheres que perderam o sentido de Deus, que o procuram tateando, às vezes sem perceber” – escreve.

Muitos líderes cristãos enviaram mensagens de encorajamento: “Não tenham medo – exorta o Patriarca ortodoxo ecumênico, Bartolomeu I – sejam testemunhas de Cristo nascido e ressuscitado, do Deus que entrou na história, do Deus da criação, sobretudo nesta era em que imperam consumismo e crise de valores e de identidade”.

“Nossa vocação como cristãos é desvelar ao mundo a verdade de nosso destino humano” – escreve o arcebispo de Cantuária, Dr. Rowan Williams, primaz da Igreja Anglicana.

Também o Secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, uniu-se à iniciativa, saudando “a ênfase que a Peregrinação deste ano coloca nas questões sociais, principalmente sobre o sentido da liberdade”.

Por sua vez, o Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, lembra, em mensagem, que a cidade de Poznan e a Polônia, escolhidas pela comunidade ecumênica como sede para o encontro deste ano, evocam duas datas cruciais para a nossa história: “O deflagrar da II Guerra Mundial, em agosto de 1939, e a queda da cortina de ferro, no outono de 1989, que permitiu o retorno da democracia à Europa central e abriu caminho à reunificação do continente”.
(CM)







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