MENSAGENS DE SOLIDARIEDADE AO PAPA APÓS INCIDENTE DA NOITE DE NATAL
Cidade do Vaticano, 26 dez (RV) - Durante todo o dia de ontem, sexta-feira,
numerosas mensagens de solidariedade por parte de autoridades institucionais e religiosas
chegaram a Bento XVI após o incidente na noite de Natal causado ao pontífice na Basílica
Vaticana por uma jovem acometida por distúrbios psíquicos.
Em particular, por
volta das 19 horas locais de ontem o papa e o presidente da República italiana, Giorgio
Napolitano, mantiveram uma conversação telefônica, após precedentemente o chefe do
Estado italiano ter enviado ao Santo Padre uma mensagem de "afetuosa solidariedade".
Também
o presidente dos bispos italianos, cardeal-arcebispo de Gênova Angelo Bagnasco, expressou
"proximidade e gratidão pela sua missão e a sua palavra". Análogas manifestações de
solidariedade foram expressas pelo premier italiano e pelo presidente da Câmara, bem
como pelo prefeito de Roma.
A onda de solidariedade, acompanhada das felicitações
de pronta recuperação, foi manifestada também ao vice-decano do Colégio cardinalício,
Cardeal Roger Etchegaray, que durante o incidente na Basílica Vaticana sofreu a fratura
do colo do fêmur direito.
O purpurado francês, de 87 anos, encontra-se internado
na Policlínica Gemeli, em Roma, onde recebeu os primeiros atendimentos médicos. As
suas condições gerais "são boas" e os médicos preveem uma intervenção cirúrgica que
se espera possa ser feita na manhã de amanhã, domingo, dia 27– informa um comunicado
do diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi.
Se tudo
ocorrer como previsto – prossegue a nota – a Sala de Imprensa vaticana divulgará ainda
no final da manhã o comunicado médico sobre o resultado da operação.
Segundo
a nota, os visitantes "testemunham a serenidade e o ótimo moral do cardeal, que oferece
as suas orações ao papa e aguarda com otimismo a intervenção cirúrgica".
O
comunicado se conclui com um aceno à "jovem autora do incidente de quinta-feira à
noite", a qual – se precisa – "permanece submetida a tratamento de saúde obrigatório",
ao tempo em que o seu caso "permanece sob a competência da magistratura vaticana".
Nos
próximos dias – afirma a nota oficial – o promotor de justiça deverá levar em consideração
o relatório dos médicos e da Gendarmaria vaticana, e à luz deles avaliar os eventuais
passos sucessivos a serem dados. (RL)