2009-12-26 15:40:44

BENTO XVI: MARTÍRIO DE SANTO ESTÊVÃO É EXEMPLO DE AMOR QUE NÃO SE RENDE À VIOLÊNCIA


Cidade do Vaticano, 26 dez (RV) - Neste sábado, 26 de dezembro, ao meio-dia, o Santo Padre assomou à janela de seus aposentos que dá para a Praça São Pedro para a oração mariana do Angelus.

O martírio de Santo Estêvão, que a Igreja recorda e celebra na liturgia de hoje, testemunha o sentido mais profundo do Natal: a afirmação de uma "civilização do amor" mais forte que o mal e a violência.

Com esse pensamento, Bento XVI acompanhou esta manhã a recitação do Angelus, durante a qual usou palavras de encorajamento para aqueles "muitos fiéis" que, disse, no mundo sofrem por causa da fé.

Viver sem sentido – quase uma existência "morta" – ou viver por Cristo sabendo com "certeza", embora a fé custasse a morte, ter escolhido "a melhor parte da vida". Duas margens opostas, sobre as quais o papa coloca, de um lado, uma parte das pessoas dos nossos tempos e, de outro lado, a figura do mártir por excelência, o diácono Estêvão. O seu sacrifício – afirmou BXVI – nos ajuda a entender melhor o Natal, a "maravilhosa grandeza" do nascimento de Jesus:

"De fato, aquele que vage numa manjedoura é o Filho de Deus feito homem, que nos pede que testemunhemos com coragem o seu Evangelho, como fez Santo Estevão o qual, repleto do Espírito Santo, não hesitou a dar a vida por amor a seu Senhor. Ele, como o Mestre, morre perdoando os seus perseguidores e nos faz compreender que a entrada do Filho de Deus no mundo dá origem a uma nova civilização, a civilização do amor, que não se resigna diante do mal e da violência e abate as barreiras entre os homens, tornando-os irmãos na grande família dos filhos de Deus."

O Santo Padre ressaltou que Estêvão é um "modelo" de cristão porque, como diácono, se abre para o acolhimento aos pobres, que permanece sendo "um dos caminhos privilegiados para viver o Evangelho e testemunhar aos homens de modo crível o Reino de Deus que vem":

"O testemunho de Estêvão, como o testemunho dos mártires cristãos, indica aos nossos contemporâneos muitas vezes distraídos e desorientados, em quem se deve colocar a própria confiança para dar sentido à vida. De fato, o mártir é aquele que morre com a certeza de saber-se amado por Deus e, nada antepondo ao amor a Cristo, sabe ter escolhido a melhor parte."

Bento XVI observou ainda que a festa de Santo Estêvão "nos recorda também os muitos fiéis que em várias partes do mundo são submetidos a provações e sofrimentos por causa de sua fé".

"Comprometamo-nos a ajudá-los com a oração e a jamais faltar para com a nossa vocação cristã." Após a recitação do Angelus, o pontífice saudou os fiéis em várias línguas, concluindo com as seguintes palavras em italiano:

"Faço votos de que o deter-se destes dias diante do presépio para admirar Maria e José ao lado do Menino possa suscitar em todos um renovado compromisso de amor recíproco e de recíproca compreensão, a fim de que nas famílias e em toda a nação se viva aquele clima de expectativa e de comunhão que tanto contribui para o bem comum."

O Santo Padre concedeu a sua Benção apostólica aos fiéis, peregrinos e turistas reunidos na Praça São Pedro. (RL)







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