Copenhague, 18 dez (RV) – Incerteza. Faltando poucas horas para o encerramento
da Conferência sobre Mudança Climática, não há nada definido em Copenhague. Ontem,
houve uma reunião de emergência dos principais líderes políticos presentes.
"Estou
rindo para não chorar" – afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva à imprensa,
ao final desse encontro.
"É preciso mudar de rumo... ou vamos direto para
a catástrofe" – disse o presidente francês Nicolas Sarkozy, antes de pedir aos países
participantes, principalmente aos EUA e à China, que fizessem concessões necessárias
a um acordo.
Momentos antes, em discurso à plenária, Lula disse que os países
desenvolvidos devem assumir metas ambiciosas de redução de emissões à altura de suas
responsabilidades históricas.
O presidente brasileiro ressaltou que a preservação
do protocolo de Kyoto é necessária, não podendo ser substituído por instrumento menos
exigente, para que o regime internacional mantenha seu rigor.
"Quero falar
com toda a clareza e franqueza. Essa conferência não é um jogo onde se pode esconder
cartas na manga. Se ficarmos à espera do lance de nossos parceiros podemos descobrir
que é tarde demais. Todos seremos perdedores" – afirmou.
A Santa Sé também
está presente na Dinamarca. Ontem foi a vez de o chefe da delegação vaticana, Arcebispo
Celestino Migliore, fazer o seu pronunciamento.
Para uma síntese dos pedidos
feitos pela Igreja, através da Caritas Internacional e da rede de agências de desenvolvimento
CIDSE, ouça de Copenhague o português Tiago Tavares: (BF)