2009-12-16 11:30:46

João de Salisbúria, do clero de Cantuária, teólogo e bispo de Chartres, evocado pelo Papa na audiência geral. Bento XVI alertou para o risco de uma ditadura do relativismo


Prosseguindo a evocação que tem vindo a fazer, na audiência geral das quartas-feiras, de ilustres figuras de pensadores e homens da Igreja da Idade Média, Bento XVI falou hoje de João de Salisbúria, do clero de Cantuária, na Inglaterra, no século XII, que foi também estudante e professor em Chartres (França), diocese de onde se tornou mais tarde bispo, de 1176 até à sua morte, em 1180.
Ouçamos as palavras pronunciadas pelo Santo Padre em português:


“Queridos irmãos e irmãs,

 
Relendo as obras de João de Salisbúria, na Inglaterra, passados novecentos anos – ele viveu no século XII – vemos o homem de hoje a braços com desafios e problemas idênticos aos de então. Por exemplo, comunicar muito e dizer pouco. As nossas palavras devem ser ricas de sabedoria, isto é, inspiradas pela verdade, a bondade e a beleza. Muitos, em nossos dias, pensam que a razão pode ter opiniões, mas não certezas; e, menos ainda, certezas comuns a todos. Defendem que tudo é relativo. Mas não! Segundo João, o nosso teólogo e bispo, existe também uma verdade objectiva e imutável, que tem a sua origem em Deus e foi, por Ele, semeada nas suas criaturas. É acessível à razão humana e tem a ver com a vida prática e social. Trata-se de uma lei natural, na qual se devem inspirar as leis positivas da sociedade para promoverem o bem comum.

 
Saúdo, com afecto, a todos vós, amados peregrinos de língua portuguesa, desejando que vos deixeis guiar pela voz de Deus que vos chama, através da consciência, a uma vida santa e rica de boas obras. Confiando à Virgem Mãe esta vossa peregrinação que vos prepara para o Natal, invoco, com a minha Bênção sobre os vossos passos e a vossa família, a abundância das graças do divino Salvador.”
 







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