2009-12-16 14:33:28

JERUSALÉM: ENCONTRO SOBRE BIOÉTICA


Jerusalém, 16 dez (RV) - Concluiu-se segunda-feira à noite em Jerusalém, cidade símbolo para o diálogo entre religiões e culturas, o VII congresso internacional da Federação Internacional dos Centros e Institutos de Bioética de Inspiração Personalista (Fibip), depois de dois dias de trabalhos no Centro Pontifício Notre Dame. O encontro foi organizado pela Cátedra de Bioetica e Direitos humanos da Unesco em colaboração com a Faculdade de Bioetica do Ateneu Pontifício Regina Apostolorum, sede italiana da Cátedra na Universidade Europeia de Roma.

Na segunda-feira, com o título “Bioética, Direito e Religião, com finalidade da vida” peritos de fé judaica, cristã e islâmica expuseram as diversas abordagens morais em relação às escolhas médicas nas respectivas religiões. Uma mesa redonda que teve como tema central principalmente a eutanásia e curas paliativas, transplante, proporcionalidade das curas, e disposições sobre o fim da vida.

Entre os participantes encontravam-se médicos, teólogos, juristas e peritos em bioética. Participou ainda o presidente emérito da Pontifícia Academia para a Vida, Dom Elio Sgreccia, que sublinhou a dignidade inviolável do homem criado à imagem de Deus, a ilicitude das intervenções dirigidas a impedir a concepção e a interromper a vida concebida mas também de todas as formas de fecundação artificial e extra-corpórea, reafirmando a tutela da vida até o seu fim natural.

Entre os relatores presente também Padre Gonzalo Miranda, dos Legionários de Cristo, docente da Faculdade de Bioética do Ateneu Pontifício Regina Apostolorum de Roma, que sublinhou o realismo da ética católica e a necessidade de aprofundar a reflexão sobre o significado da vida, da morte e do sofrimento, tanto no diálogo intercultural quanto no ensinamento da bioética aos médicos.

Dois dias vividos em um espírito de escuta, que promoveram a pesquisa e o intercâmbio sobre temas fundamentais como o direito natural, a dignidade do homem, as antropologias submetidas às escolhas médicas, encorajando o diálogo entre as culturas e a tutela da sacralidade da vida, primeiro passo de um caminho em direção da reconciliação e da compreensão recíproca. (SP)







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