Cidade do Vaticano, 14 dez (RV) - Os diretores nacionais da pastoral para os
circenses e feirantes estiveram reunidos no Vaticano entre os dias 11 e 12 de dezembro.
O Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes (CPPMI)
Dom Antonio Maria Veglió, deixou aos presentes uma palavra de estímulo para o trabalho
nesta área.
Dom Veglió recordou que o espetáculo itinerante “desde sempre esteve
presente na vida das pessoas e as acompanha, irrompendo sua vida quotidiana, às vezes
cinzenta e banal, com um conjunto de atuações bonitas, entre luzes brilhantes, vivas
decorações e músicas emocionantes”.
Por isso, acrescentou o prelado, pode-se
dizer que a vocação dos que se dedicam a esta atividade “sempre foi a de levar serenidade
e paz, esperança e confiança, de que a pessoa, sobretudo hoje, tem mais necessidade
quanto mais se distancia de Deus e das fontes da graça, fechando-se num materialismo
cego e egocêntrico”.
“Na medida em que a pessoa se afasta do amor de Jesus
Cristo, distancia-se também do seu próximo e deixa de entender o que ela é, qual é
sua verdadeira dignidade, sua vocação e seu destino final”, apontou.
Para o
Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes é fundamental
a evangelização dos que trabalham no espectáculo itinerante, “entendida no seu sentido
mais amplo como anúncio da palavra de Deus, comunicação da vida divina através dos
sacramentos e do testemunho do serviço aos irmãos”.
“Acolhimento, hospitalidade,
escuta, solidariedade, alegria e paz fazem dos circos e das feiras lugares extraordinários
de reunião e de comunhão, nos quais diversas gerações e famílias encontram diversão
e lazer e podem instaurar relações que enriquecem e constroem”, explicou.
O
arcebispo considera que, apesar dos “convites, petições e artigos que criticam esta
forma de entretenimento, considerando-a como superada e pouco divertida” e lançam
“propostas para um novo ‘circo sem animais’, o circo e a feira continuam a ser lugares
importantes da cidade, por seu caráter social, cultural e pedagógico”. (SP)