PAPA: RECONHECER AS CONSEQUÊNCIAS DAS MINAS ANTIPESSOAIS
Cidade do Vaticano, 09 dez (RV) - Realizou-se na semana passada em Cartagena
(Colômbia) Conferência de Revisão da Convenção de Ottawa sobre a proibição de uso,
estocagem e transferência das minas antipessoais.
Bento XVI, por meio do secretário
de Estado, Card. Tarcisio Bertone, enviou uma mensagem para reiterar a importância
da erradicação das minas terrestres.
Na política, assim como na economia ou
campo do desarmamento, é indispensável colocar novamente a pessoa no centro das nossas
preocupações, afirma o pontífice, recordando que todas as vezes que os objetivos são
centralizados em outras coisas, o preço para as pessoas e os povos foi exorbitante,
e o pagaram com suas vidas, seu desenvolvimento e o futuro de suas famílias e comunidades.
"As vítimas e suas famílias estiveram no centro da nossa atenção e devem continuar
a estar, não somente para que recebam assistência, mas para que sejam consideradas
interlocutoras e artífices na obtenção conjunta dos objetivos da Convenção" – afirma
o papa.
A Santa Sé faz um apelo a todos os Estados para que reconheçam as
deploráveis consequências humanitárias das minas antipessoais e expressa sua solidariedade
para com todas as vítimas, suas famílias e os países atingidos.
Cerca de 40
países, entre os quais grandes potências militares como Estados Unidos, China, Rússia
e Índia, ainda não aderiram ao tratado.
No final da conferência, os 156 Estados
parte da Convenção assinaram a Declaração de Cartagena, na qual se comprometem a dar
mais apoio às vítimas, depois de dez anos enfocados na desminagem. (BF)