2009-12-06 13:52:30

UE encara cimeira de Copenhaga com grandes expectativas mas os compromissos estão longe de estar definidos


(6/12/2009) Os 27 Estados-membros da União Europeia (UE) viajam para Copenhaga com a convicção que o bloco irá liderar os esforços contra as alterações climáticas, mas, até ao momento, alguns compromissos de Bruxelas estão longe de estar definidos.
A UE espera que a conferência da ONU sobre as Alterações Climáticas, de 7 a 18 de Dezembro, seja um êxito e que dê origem a um acordo vinculativo, que inclua objectivos nacionais de redução de emissões e valores de financiamento para os países em desenvolvimento.
Os 27 Estados-membros comprometeram-se, em Dezembro do ano passado, a reduzir em 20 por cento das suas emissões de dióxido de carbono (CO2) até 2020, em relação aos níveis de 1990, posicionando-se desde então como líderes mundiais na matéria.
Um corte que poderia ser alargado para 30 por cento, se outros países industrializados realizassem "esforços comparáveis".
No entanto, Bruxelas não concretizou o que considerava como um esforço "comparável", existindo a possibilidade da meta dos 30 por cento cair por terra até ao final das negociações na capital dinamarquesa.
A longo prazo (2050), os europeus ofereceram uma redução entre 80 a 95 por cento, proposta também condicionada pelos esforços dos outros países industrializados.
Sobre as nações em desenvolvimento, e mais que um corte de emissões, as expectativas europeias estão concentradas nas medidas que estes países devem tomar para limitar o crescimento das suas futuras emissões, valores que podiam oscilar entre os 15 e os 30 por cento.
Bruxelas espera também que o futuro novo acordo fixe objectivos de redução de emissões para sectores que ficaram de fora do Protocolo de Quioto, nomeadamente os transportes aéreos e marítimos, para os quais propõe cortes de 10 e 20 por cento, respectivamente, até 2020, em comparação com os níveis de 2005.
Os 27 esperam ainda que em Copenhaga sejam acordadas medidas para diminuir a desflorestação, já que 20 por cento das emissões poluentes mundiais são uma consequência directa do desaparecimento das florestas.
Na área do financiamento, a UE está consciente de que o mundo industrializado tem uma dívida para com os países em vias de desenvolvimento, que sofrerem as consequências sem serem historicamente responsáveis pelas missões poluentes, e já mostrou disponibilidade para contribuir de maneira justa, mas sem especificar montantes.








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