EDITORIAL

Cidade do Vaticano, 05 dez (RV) - Há Trinta anos a Igreja Latino-Americana e Caribenha fazia sua opção preferencial pelos pobres e pelos jovens.

Comemorando a opção pelos jovens, o Setor Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, promove neste fim de semana um Seminário Nacional sobre os 30 anos de Puebla.

Em um continente em que a maioria de seus habitantes é jovem, essa opção visou formar não apenas a Igreja do futuro, mas o próprio continente latino-americano e caribenho.

Podemos fazer uma avaliação considerando que os jovens de outrora são hoje os agentes, os executivos, os atores que comandam nossos países. Mudou alguma coisa nestes 30 anos? O Continente tornou-se mais cristão, construtor da chamada Civilização do Amor, tão querida por Paulo VI?

A Conferência de Aparecida reconhece e comenta o ambiente hostil e difícil em que vive o nosso jovem, não apenas causado pelos limites econômicos, mas fragilizado pelas drogas e outras chagas sociais, armadilhas que cresceram muito nestes anos.

Para continuar a missão junto aos jovens, a Conferência de Aparecida sugere algumas linhas de ação:
a renovação da opção pelos jovens;
o estimulo junto aos Movimentos eclesiais a fim de proporem aos jovens que se coloquem mais a serviço das Igreja locais;
o fomento do encontro do jovem com Jesus Cristo, na Igreja, através da oração pessoal, da freqüência aos sacramentos, da direção espiritual e do apostolado;
a formação gradual do jovem para a ação social e política conforme a Doutrina Social da Igreja;
a urgência da capacitação juvenil para o mundo do trabalho e, com isso, evitar que caiam na droga e na violência, cada vez mais insidiosas.

Renovemos nossa opção pelos jovens, colaborando em sua formação, abrindo-lhes espaços e, sobretudo, não os decepcionando, mas ao contrário, com humildade, sendo para eles referencial de desapego, de luta pela verdade e fomento de justiça. (CAS)