Bogotá, 04 dez (RV) - O Serviço dos Jesuítas para os Refugiados (JRS) se uniu
ao apelo pela erradicação das minas antipessoais.
Na Conferência de Revisão
da Convenção de Ottawa, que se encerra hoje em Cartagena (Colômbia), a entidade está
representada em por quatro expoentes, entre os quais três cambojanos vítimas das minas.
Entre
uma série de exigências, os jesuítas pedem que as pessoas e as comunidades afetadas
pelas minas recebam um apoio mais incisivo e que se acelere o processo de desminagem.
O
JRS recorda que 39 países, entre os quais grandes potências militares como Estados
Unidos, China, Rússia e Índia, ainda não aderiram ao tratado contra as minas, destacando
que a Conferência em Cartagena constitui uma ótima ocasião para fazê-lo.
Entre
1999 e 2008, foram registrados oficialmente no mundo 73.576 acidentes causados por
explosões de minas antipessoais, mas os números são ainda mais elevados. Ainda hoje,
apesar de significativos progressos, mais de 70 países ainda convivem com elas em
seu território.
O JRS é um dos fundadores da Campanha Internacional para a
eliminação das minas antipessoais e conduz um constante trabalho de sensibilização
e assistência.
Ontem, os 156 Estados parte da Convenção assinaram a Declaração
de Categena, na qual se comprometem a dar mais apoio às vítimas, depois de dez anos
enfocados na desminagem. (BF)