2009-12-04 20:29:11

CANTALAMESSA: ATIVISMO FRENÉTICO, HERESIA DOS NOSSOS TEMPOS


Cidade do Vaticano, 05 (RV) - Evitar o perigo da heresia dos nossos tempos, o ativismo frenético, para dar lugar às prioridades absolutas: a oração, a relação viva com Jesus, a Palavra.

Foi o convite dirigido aos presbíteros, neste Ano Sacerdotal, pelo padre capuchinho, Frei Raniero Cantalamessa, em sua primeira pregação do Advento, feita esta sexta-feira na Capela Redemptoris Mater, no Vaticano, na presença do papa e da família pontifícia.

Frei Cantalamessa recordou que os sacerdotes são, de modo particular, "servos e amigos de Jesus" e o serviço essencial que devem desempenhar "é continuar a sua obra no mundo... revelar aos homens a vontade salvífica e o amor misericordioso do Pai":

"Ser no mundo continuador da obra de Cristo significa fazer sua essa atitude de fundo, de amor, de vontade de salvar mais do que de julgar. Não julgar, mas salvar... Mas em que sentido podemos falar dos sacerdotes como continuadores da obra de Cristo? Em toda instituição humana, como era naquele tempo o império romano... os sucessores continuam a obra, mas não a pessoa do fundador... Com a Igreja não é assim. Jesus não tem sucessores porque não morreu: está vivo! A morte não tem mais poder sobre ele. Qual é então a tarefa de seus ministros? Sua tarefa é representá-Lo, isto é, torná-Lo presente, dar forma visível à sua presença invisível."

Jesus disse: "não vos chamo de servos, mas amigos". Por isso – acrescentou o pregador da Casa Pontifícia – os sacerdotes são chamados a cultivar de modo especial "uma relação pessoal, repleta de confiança e de amizade" com Cristo:

"O amor por Jesus é o que faz a diferença entre o sacerdote funcionário e administrador – e existem desse tipo – e o sacerdote servo de Cristo e amigo de Jesus. Se conhecêssemos, veneráveis padres e irmãos – eu por primeiro! – como o Senhor Ressuscitado nos é próximo como o mais solícito dos amigos! Como deseja permanecer e trabalhar com o sacerdote, como está pronto a ajudá-lo, a aconselhá-lo, a perdoá-lo – a vida do sacerdote seria aventura, mesmo humanamente, mais interessante: e seríamos os mais felizes entre os homens!" (RL)







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