2009-12-03 19:31:31

BENTO XVI: EXPERIÊNCIA DO SOFRIMENTO PODE TORNAR-SE ESCOLA DE ESPERANÇA


Cidade do Vaticano, 03 dez (RV) - "O sofrimento humano adquire sentido e plenitude de luz no mistério da paixão, morte e ressurreição de Cristo": é o que escreve o papa na Mensagem para o 18º Dia Mundial do Enfermo, que será celebrado em 11 de fevereiro próximo, dia no qual a Igreja celebra a memória de Nossa Senhora de Lourdes.

No documento, publicado esta manhã, Bento XVI recorda o 25º aniversário de instituição do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde e exorta os cristãos a viverem concretamente a parábola do Bom Samaritano.

O serviço pastoral no vasto mundo da saúde é parte integrante da missão da Igreja – escreve Bento XVI – "porque se inscreve no alvéolo da própria missão salvífica de Cristo".

Em seguida, o pontífice faz votos de que o Dia Mundial do Enfermo "seja ocasião para um mais generoso impulso apostólico a serviço dos enfermos e daqueles que cuidam deles".

Todo cristão "é chamado a reviver, em contextos diferentes e sempre novos, a parábola do Bom Samaritano" – lê-se na mensagem.

Também hoje, como no fim da parábola – ressalta o Santo Padre – Jesus nos exorta "a inclinar-nos para curar as feridas do corpo e do espírito de muitos nossos irmãos e irmãs que encontramos nos caminhos do mundo".

O papa convida os fiéis "a compreenderem que, com a graça de Deus acolhida e vivida em cada dia, a experiência da doença e do sofrimento pode tornar-se escola de esperança".

Em seguida, fazendo recordar a encíclica "Spe salvi" (Salvos pela esperança), ressalta que não é evitando o sofrimento, fugindo diante da dor, que o homem sara, mas tendo a capacidade de aceitar a tribulação e nela, a capacidade de amadurecer, de encontrar sentido mediante a união com Cristo.

A ação humanitária e espiritual da Igreja em prol dos enfermos e dos sofredores – recorda o pontífice – expressa-se em múltiplas formas e estruturas sanitárias também de caráter institucional.

Bento XVI ressalta que a criação do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde se insere justamente "em tal solicitude eclesial pelo mundo da saúde".

O papa constata que no atual momento histórico-cultural "percebe-se também mais a urgência de uma presença eclesial atenta e capilar junto aos enfermos". Percebe-se "a urgência de uma presença na sociedade capaz de transmitir os valores evangélicos, de modo eficaz, em favor da tutela da vida humana em todas as suas fases, da concepção até seu fim natural".

No Ano Sacerdotal, o papa lembra os sacerdotes "ministros dos enfermos", "sinal e instrumento da compaixão de Cristo, que deve alcançar todo homem marcado pelo sofrimento".

Bento XVI reitera que "o tempo transcorrido junto a quem se encontra na provação se revela fecundo de graças para todas as outras dimensões da pastoral".

Por fim, o pontífice pede aos enfermos que rezem e ofereçam seus sofrimentos em favor dos sacerdotes, "a fim de que possam manter-se fiéis à sua vocação e o seu ministério seja rico de frutos espirituais, para o bem de toda a Igreja". (RL)







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