Nova estratégia dos EUA para o Afeganistão: Obama manda mais 30 mil soldados para
guerra do Afeganistão e marca prazo para o início da retirada
(2/12/2009) Os Estados Unidos da América vão enviar mais trinta mil soldados para
o Afeganistão durante os próximos seis meses, para apoiar o actual contingente militar
naquele país a combater a violenta insurreição taliban, que tem crescido exponencialmente.
O
Presidente apresentou o seu caso de como a escalada da guerra é "vital para a segurança
nacional" dos Estados Unidos
Mas a partir de Julho de 2011, as tropas norte-americanas
começarão a voltar a casa — embora uma retirada definitiva esteja condicionada às
“condições no terreno”.
Numa declaração solene ao país, a partir da Academia
Militar de West Point, no estado de Nova Iorque, o Presidente Barack Obama explicou
que a sua Administração não está disponível para prolongar indefinidamente uma guerra
que “não escolheu” e se arrasta há mais de oito anos, tendo já custado a vida a 929
soldados.
Ao mesmo tempo, argumentou que o reforço das tropas é a única fórmula
para conter a expansão dos taliban e aniquilar a sua influência, criando condições
de segurança e estabilidade para a população e para o governo do Afeganistão.
Esta
é a segunda vez que Obama decide engrossar o contingente militar que combate no Afeganistão
– em Fevereiro, um mês depois de tomar posse, o Presidente já ordenara um acréscimo
de 21 mil tropas, elevando o número total de soldados americanos destacados naquele
país para cerca de 68 mil. Agora chegarão quase aos cem mil.
Durante a campanha
eleitoral, o então candidato argumentara que uma das razões porque defendia a imediata
retirada das tropas do Iraque era para que a máquina militar americana se pudesse
concentrar no Afeganistão. As forças de combate dos Estados Unidos sairão do Iraque
no final de Julho de 2010, e as restantes unidades de apoio partirão no final de 2011.
A
Administração inicia hoje uma “campanha” para convencer a população americana e os
aliados dos Estados Unidos do acerto da sua estratégia. O secretário da Defesa, Robert
Gates, e a secretária de Estado, Hillary Clinton, serão peças fundamentais desse esforço:
o primeiro estará hoje no Congresso para responder às dúvidas dos legisladores; Hillary
viaja para a reunião da NATO em busca de compromissos de maior apoio dos aliados.