Brasília, 02 dez (RV) - A sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), em Brasília, acolheu ontem o seminário "Ficha Limpa em Questão – para discutir
é preciso conhecer". Durante o evento, deu-se destaque aos principais pontos da Campanha:
seus objetivos, novidades em relação à lei anterior e os valores em favor da sociedade.
O
secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, reafirmou aquilo que já vem repetindo
desde o ano passado: "O que queremos com essa nova lei é que os candidatos se apresentem
à população com suas fichas limpas, que tenham conduta para se candidatarem a cargos
públicos. Não se trata de uma campanha contra o mandato de políticos, mas sim em favor
da democracia. É por isso que exigimos a aprovação imediata da nova lei".
Um
painel expôs durante o seminário os principais pontos do projeto de lei de iniciativa
popular e suas semelhanças com a Lei 9.840, que já cassou 238 prefeitos e vice-prefeitos
e 119 vereadores, números com base em levantamento feito nas eleições de 2008.
"Não
é mais admissível que se pratique nesse país estelionato eleitoral: essa é uma regra
básica da política" – afirmou por sua vez o jurista e ex-presidente do Conselho Federal
da OAB, Dr. Marcello Lavenère. Para ele, é urgente que o Congresso o aprove e o presidente
sancione essa iniciativa popular.
Para pressionar a votação e aprovação do
Projeto no Congresso, o Movimente de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) prepara
uma grande mobilização na Câmara dos Deputados, no dia 9 de dezembro. Nesta data se
comemora o Dia Mundial de Combate à Corrupção. Na ocasião, serão entregues mais de
100 mil assinaturas do Projeto de Lei de iniciativa popular que ainda chegam diariamente
ao escritório do MCCE. (BF)