2009-12-01 12:26:34

PATRIARCA RECEBE DELEGAÇÃO VATICANA


Istambul, 1º dez (RV) - “A estrada rumo à plena comunhão, vivida pelas nossas Igrejas no primeiro milênio, foi retomada com o diálogo do amor e da verdade e continua, por graça de Deus, apesar das ocasionais dificuldades”. Com palavras de gratidão e afeto o Patriarca ecumênico de Constantinopla Bartolomeu I acolheu na manhã de ontem, em Istambul, a delegação vaticana presente na cidade turca para participar das celebrações da Festa de Santo André com uma mensagem do Papa.

A presença dos delegados de Bento XVI – disse Bartolomeu I – é uma confirmação do seu desejo de eliminar os impedimentos, acumulados durante um milênio e chegar à plenitude da comunhão. “Para nós é muito importante a presença dos senhores aqui – afirmou o Patriarca – pois revela também, de modo muito formal, o desejo da Santíssima Igreja de Roma de fazer todo o possível para reencontrar a nossa unidade na mesma fé e a comunhão sacramental segundo a vontade d’Aquele que nos chamou à unidade para que o mundo creia”.

“E com grande atenção e oração incessante – prosseguiu – que seguimos o processo do diálogo teológico oficial entre as nossas duas Igrejas”, que agora está entrando no exame de questões eclesiológicas, como por exemplo, “a questão da primazia em geral e do bispo de Roma, em particular”.

“Cada um – disse o Patriarca – está consciente de que essa difícil questão provocou um contencioso escandaloso durante as relações entre as nossas duas Igrejas. Eis porque a erradicação deste impedimento entre nós certamente favoreceria o nosso caminho rumo à unidade. Portanto, estamos convencidos de que o estudo da história da Igreja durante o primeiro milênio, pelo menos no que se refere a essa matéria, fornecerá também a pedra fundamental para a análise de ulteriores desenvolvimentos sucessivos durante o segundo milênio, que infelizmente levou as nossas Igrejas a um maior distanciamento e intensificou a nossa divisão”.

No seu discurso, o Patriarca invocou o dom da humildade, fazendo talvez referência àqueles que no âmbito ortodoxo – na realidade uma minoria – não vêem com bons olhos o diálogo iniciado com a Igreja Católica. “A verdade - disse Bartolomeu I – não teme o diálogo, ao contrário, a verdade usa o diálogo como um meio para tornar aceitável também aquele que por vários motivos a rejeitam”. O Patriarca enfim convidou a deixar de lado “o ódio e o fanatismo” que consolidam “as diferenças” e cancelam “toda esperança de reconciliação”. (SP)







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