2009-12-01 11:28:32

AIDS: ACESSO AOS MEDICAMENTOS É O MAIOR OBSTÁCULO


Brasília, 1º dez (RV) - Nesta terça-feira, 1º de dezembro, o mundo inteiro celebra o Dia Mundial de Luta contra a AIDS. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas, a fim de torná-lo um dia de batalha contra a doença, visando mobilizar a opinião pública sobre sua gravidade e amenizar o preconceito sofrido pelos portadores do HIV.

No Brasil, a data foi estabelecida desde 1988, para alertar a população sobre as formas de transmissão da doença.

"É um dia que tem um caráter mais político, onde os agentes em suas dioceses, paróquias e junto às ONGs refletem, protestam e reivindicam" – comentou o assessor nacional da Pastoral DST/Aids, Frei Luis Carlos Lunardi.

Ele destacou que o Dia é apelativo e pretende cumprir os acordos firmados para proteger os direitos humanos através da Declaração de Compromisso, assinado em 2001 para o enfrentamento da epidemia.

Em entrevista ao site da CNBB, Fr. Lunardi comentou o relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas HIV/Aids (UNAIDS), divulgado semana passada, que mostra que, entre 2000 e 2008, o número total de pessoas no mundo vivendo com o vírus da AIDS cresceu 20%, mas o número de novas infecções caiu 17% no mesmo período.

As estimativas indicam que 33,4 milhões de pessoas vivam com o HIV. Do total de infectados, 31,1 milhões são adultos, sendo que as mulheres representam mais da metade (15,7 milhões) dos soropositivos.

De acordo com o assessor nacional da Pastoral DST/Aids, os dados são animadores e preocupantes. "O dado animador é que a epidemia, em geral, está se estabilizando e que os medicamentos disponíveis conseguem controlar o vírus, dar qualidade de vida e evitar óbitos. Os dados preocupantes são o alto índice da infecção entre mulheres e gestantes, homens e jovens" – analisou.

Frei Lunardi lembra também a falta de medicamentos para os soropositivos, que, segundo ele, causam um triste impacto no mundo: "Mais de 5 milhões de pessoas precisam de tratamento e não o têm. Qual o fator real que impede que se possibilite tratamento para todos os que necessitam? Muitos governos não assumem sua responsabilidade de saúde pública, nem respeitam o direito de toda pessoa ao tratamento e não fazem os investimentos necessários. Por outro lado, a ganância da indústria farmacêutica com lucros abusivos impede que todos tenham acesso aos medicamentos". (BF)







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