Campala, 27 nov (RV) – O Serviço Jesuíta para Refugiados (JRS) organizou esta
semana na capital de Uganda, Campala, um curso a 30 representantes de refugiados provenientes
da República Democrática do Congo, do Burundi, da Eritréia e da Etiópia, para aprofundar
o conhecimento de seus próprios direitos e deveres.
O seminário começou com
a apresentação aos participantes da teoria e da terminologia da migração forçada,
dos que pedem asilo, dos refugiados e dos respectivos fundamentos jurídico-legais.
Foram explicadas, em detalhes, as diversas questões ligadas ao processo de asilo,
a possibilidade de ter acesso à educação, além dos serviços de formação e ao mercado
de trabalho.
Um advogado especialista no asunto forneceu aos participantes
informações sobre a propriedade de bens móveis e imóveis, detendo-se especificamente
na legislação relativa ao título de propriedade.
Segundo estimativas do Alto
Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), em maio deste ano, em Uganda,
havia mais de 140.000 refugiados e pessoas que requerem asilo. Grande parte dos refugiados
estão abrigados em onze assentamentos geridos pelo próprio ACNUR.
O programa
do JRS, desde 1988, dá assistência aos que requerem asilo e aos refugiados que vivem
em Campala em condições de vulnerabilidade.
Em 2009, o programa concentrou-se
em três objetivos: ajuda de emergência, advocacia e educação. Mais de 1.300 refugiados
e pessoas que pedem asilo conseguiram até agora alguma forma de assistência em relação
à questão da moradia, da ajuda alimentar, dos serviços de saúde e transporte.
Os
membros do JRS também são uma referência para as vítimas de torturas e para os que
necessitam de assistência jurídica. (BF)