IGREJA VIETNAMITA SE PREPARA PARA ANO SANTO 2010

Hanói, 23 nov (RV) - A Igreja no Vietnã celebra a partir de amanhã o Ano Santo 2010 em vista dos 350 anos de criação dos Vicariatos Apostólicos de Tonchino e Cochinchina (1659-2009) e os 50 anos de instituição da hierarquia eclesiástica no Vietnã (1960-2010).

"Neste Ano Santo, como Povo de Deus, queremos recordar a graça que o Senhor nos deu durante todos esses séculos. Queremos agradecer a Ele e aos missionários mártires que deram a vida pelo nascimento e pelo crescimento de nossa Igreja" – disse o cardeal-arcebispo de Thành-Phô Hô Chi Minh, Jean-Baptiste Pham Minh Mân, explicando o significado do Ano Santo.

"O evento ajudará a reforçar a nossa fé e partilhá-la com os outros. Peçamos a Deus para que nos ajude nesta tarefa e que aumente a nossa consciência de fiéis sobre a função de testemunhas e evangelizadores" – ressaltou o cardeal explicando os objetivos do Ano Santo 2010.

O purpurado disse ainda que a Igreja no Vietnã quer promover uma participação ativa dos leigos em prol da edificação e do crescimento da comunidade católica no Vietnã.

Falando sobre a situação da Igreja vietnamita, o Cardeal Pham Minh Mân sublinhou que eles não possuem escolas católicas, mas querem ajudar as famílias, as comunidades e as associações a se tornarem escolas de fé. "Neste Ano Santo, queremos trabalhar particularmente com os jovens e as famílias" – frisou o purpurado.

Em relação ao impacto que o Ano Santo poderá causar sobre a sociedade vietnamita, o purpurado sublinhou que "a sociedade pensa em dinheiro e com isso vão se impondo modelos consumistas". "Queremos que o povo vietnamita saiba o que significa para nós cristãos uma vida de fé. Não um conflito, uma luta pelo poder ou pela riqueza, mas viver na verdade e no amor de Cristo" – frisou o Cardeal Pham Minh Mân.

Recentemente o cardeal distribuiu a encíclica de Bento XVI Caritas in veritate em língua vietnamita. "É importante esclarecer que a Igreja não é um perigo para a nação, mas pretende ajudar no desenvolvimento humano do país. Se esta convicção aumentar, tudo será mais fácil" – concluiu o purpurado. (MJ)